Funcionários dos Correios de todo o país entraram em greve na última segunda-feira (17), já que não houve acordo na proposta de reajuste salarial em trâmite. Os funcionários alegam perda de benefícios, o que representaria um retrocesso para a categoria. Há também um acordo de 2019 com validade até 2021 que foi reduzido sem consulta à categoria até agosto deste ano.
Em Livramento, os reflexos da suspensão das atividades ainda não foram sentidos. O Secretário Geral do Sindicato dos Correios, Ernani Silveira, concedeu entrevista ao programa Jornal da Manhã, na RCC FM e avaliou que a cidade pode, em breve, aderir à greve e paralisar os serviços: “Estamos em conversa com os diretores de sindicatos de Livramento. Essa é uma luta antiga, contra a privatização e contra a perda de direitos. Se não houver nenhum tipo de mudança em relação as nossas solicitações, o município irá aderir a nossa luta”.
Para minimizar os impactos à população, diante da paralisação parcial dos empregados, a empresa reitera que já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas.
Nota dos Correios
A assessoria de comunicação dos Correios em Porto Alegre enviou uma nota sobre a paralisação dos funcionários: “A paralisação parcial dos empregados dos Correios, iniciada nesta segunda-feira (17) pelas representações sindicais da categoria, não afeta os serviços de atendimento da estatal. Levantamento parcial, realizado na manhã desta terça-feira (18), mostra que 83% do efetivo total dos Correios no Brasil está trabalhando regularmente. A empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da sustentabilidade financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia”, destaca a nota.