Há praticamente um mês das comemorações da Semana Farroupilha no Rio Grande do Sul a reportagem do Jornal A Plateia fora as ruas conversar com os empresários das lojas de artigos gaúchos para saber como estão as vendas nesta época do ano. Para muitos empresários do ramo este período é o mais importante pois é nele que são depositadas as expetativas de aumento na comercialização, mas assim como outros setores da economia local que estão sofrendo com cortes de orçamento, baixas nas vendas e redução de pessoal, as correarias estão tendo bastante dificuldade.
Na loja Recanto do Gaudério que trabalha no ramo há pouco mais de 1 ano, as vendas diminuíram cerca de 30% conforme a empresária Beatriz Mendes La Regina. “Diminui bastante o movimento sim. Mesmo a loja estando aqui ao lado do Parque Internacional onde há uma’ movimentação de turistas nos finais de semana. Neste sábado de véspera do dia dos pais por exemplo tinha bastante gente de fora comprando e isso acaba movimentando as vendas. Quanto a expectativa para Setembro a gente segue otimista aqui por que mesmo que não tenha desfile as pessoas gostam de comprar uma pilcha nova. Estamos esperançosos” disse.
Já para o empresário Jonatham da loja Santana Kouros, que trabalha há 15 anos no ramo, 2020 tem sido um ano bastante a típico e desafiador. “As vendas estão calmas. Quanto a este período, a gente se prepara bastante investindo em mercadorias visando o mês de Setembro e neste ano não vamos ter o desfile e nem baile. E ai o pessoal não tem vindo comprar pilcha por exemplo. Por outro lado nós comercializamos bem os artigos de couro. Por que o homem do campo não para ele precisa trabalhar. Então dentro possível estamos mantendo um bom ritmo de vendas”.
O empresário Hector Alonso Porto, diz que sem dúvida nenhuma 2020 é o seu pior ano de comercialização. Ele trabalha há mais de 12 anos com artigos gaúchos em seu tradicional ponto na região central do município onde possui a Loja CampoMar . “De todos os anos, este é o mais complicado. Muito difícil. Tem a questão dos eventos que foram cancelados onde existe uma insegurança cada vez maior onde as pessoas não estão entusiasmadas para sair e comprar. Esse é o grande problema. As vendas estão lentas. Mas gente espera que pelo menos seja liberado para o pessoal ir aos galpões são eventos lindos em ambientes muitos agradáveis. Infelizmente não sabemos o que vai passar daqui um mês, mas temos esperança que essa situação vai melhorar.” disse.
Já o sócio-proprietário da Loja Rinconcito Gaucho , Gustavo Soares destaca que apesar dos tempos difíceis é preciso se adaptar à nova realidade apostando na permanência do mercado sempre investindo em produtos de qualidade . “Como empresa nós temos que reconhecer e ver que estamos em um novo ciclo. Já em relação a vendas como todos os setores nós fomos afetados. Mas eu tenho esperança que vamos superar isso. Deus queira que até Setembro as coisas possam melhorar um pouco e o pessoal possa fazer um churrasco com seus antes queridos, ou até mesmo se reunir em um piquete familiar de poucas pessoas. E ai obviamente nós vamos ter uma prenda que vai querer colocar uma pilcha de qualidade, um gaúcho que vai investir em uma camisa ou uma bombacha. Acredito que com essas reuniões menores e com todos os cuidados os gaúchos vão poder celebrar a sua cultura de uma maneira sadia entre os familiares e amigos” encerrou.