Desde o dia 6 de julho, quem deseja entrar no Uruguai precisa apresentar um resultado negativo para o teste do novo coronavírus. A medida atinge em cheio os caminhoneiros que precisam acessar o país para realizar entregas ou cruzá-lo para chegar em seu destino. Além de encarecer o preço do frete, com o teste avaliado em US$ 100,00, algo em torno de R$ 600,00, a exigência pode se tornar extremamente onerosa para os caminhoneiros autônomos.
De acordo com fontes ligadas ao Governo do Estado, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul já trabalha em conjunto com a Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI), a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Ministério de Infraestrutura e o Itamaraty para encontrar uma maneira de contornar a situação e viabilizar o trabalho da categoria.
Uma das frentes prevê a inclusão dos profissionais do transporte no programa Testar RS, lançado nesta quinta-feira (23) pelo governador Eduardo Leite, que busca ampliar a testagem diária de mil para sete mil exames do tipo RT-PCR, considerado um dos mais eficientes para o diagnóstico da doença. Desta forma, com os testes garantidos pelo governo, o custo das viagens diminuiriam para empresas e autônomos.
Mesmo assim, os motoristas ainda devem contratar um seguro saúde com validade de cinco dias para ingressarem no país, o que ainda seria um duro golpe aos autônomos, como observa o Gestor de Operações da concessionária responsável pelo Porto Seco de Livramento, Roberto Gomes. “Como nossos motoristas entram e saem, estamos orientando a fazer o seguro por cinco dias, que tem um custo de mais ou menos R$ 80,00 por pessoa. As transportadoras maiores, normalmente, têm uma apólice global. Essa função toda, quebra os pequenos”.
Até o momento, a situação continua indefinida. O governo uruguaio disse que se responsabilizará pela realização dos testes apenas até este domingo (26) e, a partir de então, uma espécie de visto será emitido para quem ingressar no país. O presidente Luis Lacalle Pou disse, durante uma entrevista coletiva, que os estrangeiros que não possuírem um visto explicitando a realização do teste, não poderão circular pelo país. É importante destacar que esse trâmite não é restrito aos brasileiros, a documentação também está sendo solicitada a motoristas argentinos e chilenos.
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