Na 12ª rodada do programa Distanciamento Controlado do Governo do Estado, Sant’Ana do Livramento permanece com a bandeira laranja. A classificação imposta à região de Uruguaiana, a qual Livramento pertence, classifica a situação como de risco médio de disseminação do novo coronavírus.
De acordo com o comunicado oficial publicado pelo Executivo Municipal de Livramento, nesta sexta-feira (24), são 185 casos positivos, 27 casos ativos, e um paciente internado por Covid-19 e quatro óbitos, sendo dois registrados em um intervalo menor do que duas horas na última quarta-feira (22). Em Alegrete, o prefeito Márcio Amaral decretou lockdown a partir das 21h30 de sexta-feira (24) até às 6h de segunda (3), estando autorizados a funcionar apenas farmácias, hospitais e postos de combustíveis.
O comércio santanense ficou apreensivo com os números divulgados no meio da semana. Os empresários estavam bastante preocupados com a incerteza se precisariam novamente restringir ou paralisar as suas atividades por conta das determinações do Governo do Estado. Na rodada anterior, divulgada na sexta (17), a região chegou a ter a bandeira vermelha imposta, mas, após ter o recurso aprovado, manteve a bandeira laranja.
Para Raed Schweiki, vice-presidente da Associação Comercial Industrial de Sant’Ana do Livramento (Acil), o momento é preocupante. “A bandeira vermelha está sendo uma realidade que nós estamos conseguindo vencer a cada final de semana, mas não está afastada, muito pelo contrário, a cada sexta-feira ela bate na nossa porta. A gente fica muito preocupado nesse sentido. O comércio está a duras penas em Sant’Ana Livramento e também na fronteira com o Uruguai, pode ver que Rivera reduziu drasticamente a vinda de turistas”, observa.
Raed destaca ainda a preocupação com relação aos postos de trabalho e ao desenvolvimento da economia local. “Eu vejo algo meio catastrófico para Sant’Ana do Livramento, até porque várias empresas já fecharam por não aguentar essa queda no movimento e por já termos durante alguns períodos o comercio fechado. A gente teme que haja um maior número de empresas fechando e um maior número de pessoas desempregadas.[…] A vida é superior à parte financeira, mas também nos preocupa a saúde financeira e o trabalho dessas pessoas. Uma coisa caminha com a outra”, opina.
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