seg, 25 de novembro de 2024

Variedades Digital | 23 e 24.11.24

Em quatro meses de operação, Comandante do 7°RC Mec avalia positivamente a ação na Fronteira

Foto: Marcelo Pinto/AP

Desde o dia 23 de março, quem deseja seguir viagem pela BR-158, saindo de Sant’Ana do Livramento, precisa apresentar a sua identificação no posto da Receita Federal. A fiscalização é feita pelo 7° Regimento de Cavalaria Mecanizada (7° RC Mec) do Exército Brasileiro, que foi empregado após o Governo Federal determinar o fechamento das fronteiras do país.
O trabalho dos militares consiste em abordar e identificar todo e qualquer veículo que utilize a rodovia. Isso porque entende-se que, essa rota, seria amplamente utilizada por estrangeiros que desejam ingressar no território brasileiro e, só podem fazê-lo, caso obtenham uma autorização prévia concedida pela Polícia Federal.
Para ampliar ainda mais a área de cobertura, além da barreira fixa instalada junto ao posto da Receita, os militares do regimento também realizam abordagens esporádicas na BR-293. “Nós paramos todos os carros, ônibus, caminhões, motos e verificamos a identificação de seus passageiros. Aqueles que são estrangeiros, nós verificamos se eles têm a autorização para entrar no país e, caso contrário, […] a gente solicita que retorne a seu estado de origem, ao Uruguai, particularmente”, explica o tenente coronel Marco André Menezes, comandante do 7° RC Mec.
De acordo com o Tenente Coronel, o fluxo de automóveis que passa pela fronteira, diariamente, aumenta ou diminui de acordo com o decreto imposto pelo município ou pela bandeira determinada pelo programa Distanciamento Controlado implementado pelo Governo do Estado, mas em dias de maior movimento, a tendência é de que um número maior de veículos precise retornar por falta de documentação. “Eu tenho controle diário dessas abordagens. […] Já tivemos casos de 18 carros voltarem no mesmo dia e já tivemos casos de estar sem alteração”, comenta.
Quanto ao tamanho do efetivo empregado na ação, por motivos de segurança, o Comandante opta por não revelar o número exato de militares. Entretanto, garante que está de acordo com a ação. “Nós tivemos efetivos empregados junto à Secretaria de Saúde do município para a criação de protocolos na Santa Casa, nós tivemos e temos ainda militares envolvidos na montagem e desmontagem de barracas para apoiar, tanto a parte de saúde, quanto a parte de fiscalização, mais o pessoal que está na retaguarda, na administração aqui, então é um efetivo considerável”, avalia.
As barreiras de fiscalização devem permanecer, se não até o fim da pandemia, pelo menos até a normalização da situação no país, o que deve levar mais alguns meses. Mesmo assim, até o momento, a avaliação do Comandante é positiva. “A gente sempre leva com um aspecto altamente positivo todas as operações. Nessa agora, o que está trazendo de benefício para a gente? Primeiro, o nosso pessoal está sendo empregado e está tendo um adestramento muito bom, uma abordagem às pessoas de uma maneira um pouco diferente, […] estreitamos os laços com a Prefeitura, […] a população está vendo o Exército presente. […] No final, sempre a gente observa se isso aí auxiliou o Brasil, e eu acredito que sim”.
Vale destacar que, desde o início da operação, através da fiscalização em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os militares do 7° RC Mec já identificaram um indivíduo que estava foragido da justiça, auxiliaram na detenção de outros indivíduos com drogas e também interceptaram um ônibus que estava com a identificação adulterada e também trazia gêneros alimentícios sem procedência. “A nossa missão específica não trata de combate aos crimes transfronteiriços, mas a gente também não pode perder o foco dessa situação”, pontua o Tenente Coronel.

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Convidamos todos a participar do Congresso Cerealista 2025, que será realizado no Mato Grosso do Sul. Um evento imperdível para debater o futuro do setor, compartilhar experiências e fortalecer nosso agronegócio. Jerônimo Goergen Presidente da ACEBRA

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