seg, 13 de janeiro de 2025

Variedades Digital | 11 e 12.01.25

Secretaria estadual de Agricultura monitora nuvem de gafanhotos

Nuvem de gafanhotos está na região de Santa Fé, a 250 quilômetros da fronteira com o RS

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e o Ministério da Agricultura estão monitorando o avanço de uma nuvem de gafanhotos que vem percorrendo a Argentina e hoje está na região de Santa Fé, a 250 quilômetros da fronteira com o Rio Grande do Sul. O alerta às autoridades brasileiras foi feito pelo Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa).

“É uma distância relativamente próxima. Se essa nuvem persistir e as condições meteorológicas forem favoráveis ao ingresso da praga no Estado, pode afetar algumas culturas e pastagens inclusive”, conta o fiscal agropecuário Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Seapdr.

O secretário Covatti Filho afirma que a pasta está monitorando junto com o ministério para saber se haverá o ingresso na região da fronteira. “Estamos atentos a todo o movimento e discutindo ações para preparar o Estado caso haja avanço da nuvem de gafanhotos. O risco existe e não podemos ignorar” ressalta Covatti.

Relatos da mídia argentina dão conta de que a nuvem de gafanhotos teria vindo do Paraguai e das províncias de Formosa e Chaco, onde há produção de mandioca, milho e cana-de-açúcar. Seu deslocamento é influenciado pela direção dos ventos e a ocorrência de altas temperaturas.

Flávio Varone, meteorologista da Seapdr, analisou as condições climáticas do período atual para avaliar os riscos destes insetos chegarem ao Rio Grande do Sul. “A aproximação de uma frente fria oriunda do sul vai intensificar os ventos de norte e noroeste, potencializando o deslocamento do massivo para a Fronteira Oeste, Missões e Médio e Alto Vale do Rio Uruguai. Contudo, a tendência de queda nas temperaturas e previsão de chuva para todo o Estado nesta quinta-feira tende a amenizar o risco de dispersão da praga”, detalha.

Caso algum produtor identifique a presença destes insetos em grande quantidade, a orientação é informar a inspetoria de defesa agropecuária da sua localidade.

Aviões agrícolas poderiam utilizados no combate a praga

Segundo entidade, o Rio Grande do Sul possui 426 aeronaves, equipadas e preparadas para atuar em eventual necessidade; entenda a situação O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) se colocou à disposição do Ministério da Agricultura para ajudar ajudar no controle de uma possível infestação de gafanhotos.  Em nota, a entidade destaca a importância da pasta buscar com urgência um plano de prevenção.

“Reforçamos que o Rio Grande do Sul possui uma frota de 426 aeronaves agrícolas, equipadas e preparadas para atuar em eventual necessidade de controle da infestação, porém entendemos ser essa uma ação de governo”, diz, em nota.

Uma nuvem de gafanhotos na Argentina destruiu lavouras na Argentina e acendeu um alerta nos produtores brasileiros, já que os insetos podem entrar no país através da fronteira oeste do Rio Grande do Sul.

O Ministério da Agricultura informou que está acompanhando os desdobramentos, recebendo informações do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa). Segundo a pasta, monitoramento climático feito por especialistas argentinos indica que a praga deve seguir em direção ao Uruguai.

“No entanto, considerando a proximidade com a região fronteiriça do Brasil, o ministério emitiu alerta para as Superintendências Federais de Agricultura, com vistas aos órgãos estaduais de Defesa Agropecuária para que sejam tomadas as medidas cabíveis de monitoramento e orientação aos agricultores da região, em especial no estado do Rio Grande do Sul, para a adoção eventual de medidas de controle da praga caso esta nuvem ingresse em território brasileiro”, diz.

Segundo a Coordenação-Geral de Proteção de Plantas do Mapa, as autoridades fitossanitárias brasileiras estão em permanente contato com os seus pares argentinos, bolivianos e paraguaios por meio do Grupo Técnico de Gafanhotos do Comitê de Sanidade Vegetal (Cosave), o que tem permitido um acompanhamento do assunto em tempo real, com o objetivo de adotar as medidas cabíveis para minimizar os efeitos de um eventual surto da praga no Brasil.

Essa praga está presente no Brasil desde o século XIX e causou grandes perdas às lavouras de arroz na região sul do país nas décadas de 1930 e 1940. Desde então, tem permanecido na sua fase “isolada” que não causa danos às lavouras, pois não forma as chamadas “nuvens de gafanhotos”. Recentemente, voltou a causar danos à agricultura na América do Sul, em sua fase gregária (formação de nuvens).

Os fatores que levaram ao ressurgimento desta praga em sua fase mais agressiva na região estão sendo ainda avaliados pelos especialistas e podem estar relacionados a uma conjunção de fatores climáticos, como temperatura, índice pluviométrico e dinâmica dos ventos.

Articulação

O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) encaminhou ofício aos governos gaúcho e federal para alertar contra o avanço da praga dos gafanhotos sobre o Rio Grande do Sul e demais estados brasileiros. No documento, a entidade coloca à disposição dos órgãos públicos uma frota de 426 aeronaves para o combate da infestação. “Estamos observando via redes sociais e a própria imprensa o noticiário de uma infestação que pode ser extremamente prejudicial para a lavoura gaúcha, que recentemente já enfrentou uma seca severa. Para frear este avanço, o Sindag colocou à disposição sua estrutura operacional para colaborar nesse esforço”, destacou o parlamentar.
De acordo com o Sindag, uma operação desta natureza exige um esforço de governo, com a devida autorização dos órgãos oficiais. “Neste sentido, encaminhamos um ofício do próprio Sindag, endossado pelo nosso gabinete ao Ministério da Agricultura. A própria ministra Tereza Cristina respondeu o nosso apelo aceitando o apoio do Sindag”, esclareceu Jerônimo.
O parlamentar disse ainda que uma operação dessa natureza exige uma resposta muito rápida do poder público para surtir os efeitos esperados. “Os produtores rurais do Rio Grande do Sul já enfrentam uma seca muito forte. Mais uma adversidade dessa natureza seria extremamente terrível para a nossa produção agrícola”, finalizou.

Fonte – Canal Rural e Secretaria de Agricultura do RS

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