dom, 20 de abril de 2025

Variedades Digital | 19 e 20.04.25

Estado recolherá animais sem procedência e criados como “gado de corredor”

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) vem trabalhando para a implantação do Programa de Vigilância de Fronteira – Sentinela, que será implementado para evitar a reintrodução do vírus da febre aftosa. O aumento da presença do Estado nas fronteiras com Uruguai e Argentina tem como objetivo garantir a sanidade do rebanho de bovinos e bubalinos quando da evolução do status sanitário do Estado para livre de aftosa sem vacinação.

O Rio Grande do Sul tem reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa com vacinação desde 1998. Com movimentos do Estado para a retirada da vacina, a região de fronteira é apontada como de maior risco para a reintrodução da doença.

O Programa Sentinela foi construído para mitigar o risco de introdução de animais suscetíveis à febre aftosa de forma ilegal no território gaúcho, de produtos, subprodutos com potencial contaminação e difundir informações de medidas de biosseguridade, prevenção e controle de rebanhos nas propriedades da região.

O Estado possui hoje 1.200 quilômetros de fronteira, sendo 400 km só de fronteira seca envolvendo 59 municípios nas fronteiras com Uruguai e Argentina, com 64.842 propriedades rurais e rebanho de 4,4 milhões de cabeças de gado. A metodologia de trabalho prevê distribuição das equipes e gerenciamento das atividades em quatro blocos – Jaguarão, Sant’Ana do Livramento, São Borja e Santa Rosa. A primeira etapa do programa será implantada na fronteira com o Uruguai em Jaguarão ainda no mês de junho. E a partir do mês de julho atuará de forma permanente nas outras fronteiras.

Recolhimento e apreensão de animais

Conforme a matéria de divulgação do programa Sentinela de Controle das Fronteiras, entre suas principais ações de controle e combate à circulação de animais sem guia de trânsito ou sem procedência. Além disse é importante destacar que a partir da implantação do programa, o que deverá ser feito nas próximas semanas, o chamado “gado de corredor” será recolhido pelas equipes de vigilância.

A prática de criar em corredor, ou seja, nos espaços entre cercas e rodovias, ou em qualquer lugar que não seja uma propriedade rural é irregular e traz riscos ao rebanho estadual. Por isso, os animais nesta situação serão recolhidos e caso a propriedade não seja comprovada serão destinados para o abate sanitário e a carne poderá ser doada para instituições beneficentes.
A normativa do programa Sentinela orienta os produtores rurais que possuem criação no modo “ gado no corredor” que a regularize o quanto antes. A fiscalização tem como objetivo manter o controle sanitário, garantir a segurança da saúde do rebanho gaúcho. Além das abordagens de trânsito, será feita a fiscalização nas propriedades, com o objetivo sanitário e de controle ao abigeato.

As equipes móveis compostas pelas fiscalização agropecuária e integrantes das forças de segurança e defesa irão atuar ao longo de toda a fronteira diariamente. Portanto, o programa orienta os produtores rurais em caso de abordagem que entenda que animais sem GTA ou propriedade são irregulares e serão apreendidos.

Matias Moura
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Audiência Pública em Brasília debaterá crise no Agro Gaúcho e buscará soluções urgentes

  A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Câmara dos Deputados, realizará, no dia 22 de abril (terça-feira), às 15h, uma Audiência Pública crucial para debater a grave situação do agronegócio no Rio Grande do Sul. Proposta pelo deputado federal Afonso Hamm, a iniciativa visa encontrar soluções urgentes para os desafios que assolam o setor, como os