EAD – OS PRÓS E OS CONTRAS
Há alguns anos, logo quando o EAD surgiu, assim meio timidamente, parecia que não ia se desenvolver. A primeira impressão que ficava era de que só preguiçoso ia fazer o curso à distância, afinal, estávamos todos tão acostumados aos cursos presenciais. No entanto, a desistência nos cursos presenciais era enorme. No início do ano letivo, as salas de aulas ficavam abarrotadas, muitas vezes faltando cadeiras para os alunos. Isso no primeiro dia. No segundo dia, uns dois ou três já desapareciam, e assim, sucessivamente, a cada dia que passava mais e mais iam desistindo. As razões? Inúmeras: ah, precisei ficar trabalhando até mais tarde. Ah, não tenho com quem deixar meu filho e por aí seguiam as explicações. Quando chegava o fim do ano letivo, só uma meia dúzia de “gato pingado” estava presente.
Aí surgiu o bendito EAD – ai que maravilha, deve ser super fácil, afinal, não vou precisar sair de casa ou do trabalho todos os dias correndo, vou estudar quando der ou quiser, não vou precisar ficar ouvindo “abobrinha” do professor falando da sua vida particular, ou dos colegas fazendo perguntas bobas etc. etc. etc., enfim, estou no paraíso. Ah, ah, ah, ledo engano. Primeiro, é preciso muita disciplina, ou seja, a quantidade de material de estudo é bem maior que a do presencial. Segundo, há sim prazos, que a princípio nos parecem muitos dias, mas quando nos damos conta (se não houver disciplina, compromisso consigo mesmo) o tempo voou e já estamos quase estourando o tempo para fazer as provas no polo e online, sem falar nos trabalhos que devem ser apresentados. E, dependendo do curso escolhido também têm os estágios, dois ou três.
Os estágios requerem um bom tempo despendido, entre preenchimento de papéis, as horas necessárias para que o estágio seja considerado satisfatório e a confecção do relatório.
Ah, o relatório! É uma prévia do famoso TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). Só quem já fez esta etapa para saber a dor de cabeça que dá. Escolher o tema genérico, depois ir “descascando” o tema principal até chegar no mais específico possível. Depois de tudo acertado, continuar com as pesquisar, seguir as normas da ABNT, seguir a orientação dada pela faculdade, já que cada uma tem a sua, entrar em contato com o tutor: arruma, muda, insere, tire…
E não podemos esquecer das horas extras de extensão que, normalmente, chegam a 200 horas.
Mas, garanto que vale a pena. É um dinheiro muito bem empregado. O tempo passa voando. Nem notamos que os três ou quatro anos necessários já se foram, e quando nos damos conta logo ali, naquele fim de ano está a recompensa.
VITÓRIA, concluí o curso!!!
Claro, que não vamos parar por aí, né? Porque a estas alturas já fomos contaminados com o “bichinho” do saber e queremos mais.
E aí, começa a Pós-; que nos leva ao doutorado, que nos leva à atualização e que nos leva …