Desde a notificação do primeiro caso positivo de Coronavírus (COVID-19) em Sant’Ana do Livramento, no dia 19 de março, há mais de três meses, esta é a primeira vez em que o município registra um número tão alto de casos ativos da doença, sendo dez no total. Atualmente, Livramento conta com 45 casos confirmados e mais 20 ainda em análise.
A informação foi confirmada pela enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Gabriela Formoso, na manhã desta terça-feira (9) durante entrevista ao programa Jornal da Manhã, na RCC FM (95.3). “Realmente a gente está em alerta. A situação no município está bastante diferente da que a gente via nas semanas passadas, nós temos dez casos ativos aqui […] realmente é o nosso recorde”, avalia.
De acordo com Gabriela, um dos fatores que mais contribuem para o aumento no número de casos de COVID-19 em Livramento é a falta de conscientização de grande parte da população. “A nossa maior preocupação ainda continua sendo que a gente ainda encontra muita gente resistente, muita gente que não usa a sua máscara, muita gente na rua circulando sem necessidade. Os centros dos bairros lotados é uma preocupação tremenda porque o vírus está circulando”, alerta.
A enfermeira ainda destacou a situação da cidade de Rivera que, pela proximidade, facilita a circulação de pessoas. Até o fechamento desta matéria, a cidade uruguaia contava com 54 casos confirmados, sendo que, desta monta, 44 ainda estavam ativos.
Se somados, os números de casos nas duas cidades beiram uma centena. Frente a esse cenário, Gabriela não descarta que novas restrições sejam impostas pelo poder público. “A gente tinha uma situação bastante controlada no município. A gente está avaliando a questão dos protocolos, do decreto. Se precisar mudar (ou) restringir algumas atividades a gente vai fazer isso”.
Finalizando sua fala, a enfermeira ressaltou a importância da colaboração dos cidadãos para que a situação não se agrave ainda mais. “Se usassem máscara e tivessem todas as medidas de higiene com certeza se conseguiria manter o comercio aberto e a situação flexibilizada. Agora vai depender da responsabilidade de cada um. Se o pessoal não colabora, daqui a pouco a gente vai ter que fechar tudo de novo e voltar a restrição da movimentação das pessoas”, pontua.
Texto: Murilo Alves