sáb, 28 de dezembro de 2024

Variedades Digital | 27 e 28.12.24

Fórum de Combate ao Colapso Social e Econômico trata dos desafios e oportunidades pós-pandemia

 

Presidente da AL-RS deputado Ernani Polo, reforçou a necessidade da retomada da competitividade aos setores produtivos

Conduzida pelo presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo (PP), na tarde desta segunda-feira (8), a 11ª reunião do Fórum de Combate ao Colapso Social e Econômico tratou, entre outros assuntos, de possíveis cenários depois do coronavírus. Na reunião virtual, o presidente do Transforma RS, Daniel Randon, apresentou a pesquisa Desafios e Oportunidades Pós-Pandemia. Mais de cem pessoas responderam às perguntas, gerando um documento sobre o sentimento e a percepção das lideranças gaúchas.

No estudo, as lideranças relataram a necessidade de reformas estruturantes no Estado, com planejamento organizado e a participação da sociedade neste processo, via ações colaborativas. Sobre o que esperar das entidades empresariais, percebeu-se a mobilização para retomar o desenvolvimento, com redes de colaboração e de orientação aos empresários, com consciência social. A respeito do que o RS pode ser competitivo, foram destaque nas respostas a inovação e novas tecnologias, em que a atuação dos parques tecnológicos se tornam muito importantes, assim como o agronegócio, em todos os seus elos. Destacou-se, também, diferenciais competitivos como o turismo, setor diretamente atingido pela crise, uma vez que a tendência é que seja mais regional daqui para frente. É importante ver que haverá um direcionamento maior para negócios digitais, segundo a pesquisa, numa reinvenção do modo de funcionamento dos empreendimentos.

O presidente da Assembleia também destacou a competitividade, que é a principal bandeira de sua gestão à frente do Parlamento ao longo deste ano. “Neste cenário pós-pandemia, a competitividade será determinante para a retomada dos setores produtivos”, avaliou o deputado Ernani Polo, acrescentando que o cenário tende a se agravar na economia, por isso a necessidade de ações, especialmente a simplificação das exigências dos bancos para concederem crédito. Para melhorar as condições do Rio Grande do Sul frente a outros Estados, Ernani Polo abordou iniciativas para a redução do tamanho do Estado, como a autorização pelos deputados, em 2019, para a privatização de CEEE, Sulgás e CRM. O presidente ainda citou o projeto de lei que regulamenta o processo administrativo no âmbito da administração pública estadual, que foi protocolado na semana passada na Assembleia pelo executivo. A iniciativa foi construída a partir de projeto do deputado Ernani Polo do ano passado sobre o tema, que trouxe ao debate a necessidade de diminuir a burocracia, deixando os processos mais simples e ágeis.

Polo antecipou que, no próximo encontro, marcado para 22 de junho, Claudio Gastal, titular das secretarias de Governança e Gestão Estratégica e de Planejamento, Orçamento e Gestão, apresentará ações para os setores produtivos, começando pelo coureiro-calçadista.

Campanha Escolha de Valor

Em sua fala, o superintendente do Sebrae/RS, André Vanoni de Godoy, parabenizou a Assembleia pela iniciativa do Fórum e da campanha Escolha de Valor, que incentiva a população a consumir produtos locais. Godoy relatou pesquisa realizada pela instituição com micro e pequenos empreendedores sobre o cenário atual. O grande entrave das empresas é a falta de capital de giro. “A necessidade desde a primeira semana da pesquisa, 50% centraram-se na falta de capital de giro. Questão do financiamento foi relatado como principalmente necessidade, com uma concentração de 52% na faixa de R$ 50 mil; 36% dos empresários procuraram financiamento, deste apenas 24% conseguiram. Motivos de não terem conseguido: falta de garantias nos avalistas, taxa de juros muito alta mesmo aquelas dos programas do governo e outros estão com problemas cadastrais”, informou.

Campanha Valores que Ficam

Ademir Gomes de Oliveira, superintendente-adjunto da Receita Federal no RS, usou seu tempo para destacar a campanha Valores que Ficam, da Assembleia. A iniciativa consiste em incentivar o contribuinte a destinar até 3% do seu Imposto de Renda a pagar ao Funcriança ou ao Fundo do Idoso, fazendo com que recursos cheguem a instituições de apoio. “É muito melhor direcionar o valor às prefeituras, as quais possuem cadastradas entidades de assistência, tanto às crianças quanto aos idosos, para que o município faça o repasse diretamente às entidades, do que desperdiçar este valor”, assinalou.

A declaração de Imposto de Renda pode ser feita até 30 de junho. “Os que já realizaram sua declaração de IR podem fazer uma retificação e solicitar a adesão à campanha”, lembrou Oliveira. No ano passado, foram repassados R$ 35 milhões ao Funcriança, através da iniciativa. A expectativa para 2020, segundo o superintendente, é que o Estado chegue a R$ 50 milhões.