Alvo da investigação é o contrato para administração da área da saúde da cidade
Uma operação conjunta envolvendo Polícia Federal, Controladoria-Geral da União, Tribunal de Contas do Estado, Ministério Público Federal e Ministério Público do Rio Grande do Sul cumpre, na manhã desta quarta-feira (27), mandados de prisão no município de Rio Pardo, no Vale do Rio Pardo. Entre os presos está o prefeito, Rafael Barros (PTB), que, por determinação judicial, teve ainda o mandato suspenso por 180 dias. O secretário da Saúde, Augusto Pellegrini, e o procurador do município, Milton Coelho, também foram detidos.
Ao menos cinco viaturas cercaram o prédio da prefeitura às 6h30min. Em torno de 15 agentes federais e promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP entraram na sede do Executivo às 7h.
São 129 medidas judiciais na investigação, que apura crimes de fraude à licitação, peculato, corrupção passiva, organização criminosa, ocultação de bens, crime de responsabilidade e desobediência. O alvo da investigação é o contrato para administração da área da saúde da cidade. As primeiras suspeitas de irregularidades surgiram ainda em 2018, quando houve a troca da administração do hospital do município. Há indícios de que as fraudes totalizam um prejuízo de R$ 15 milhões para os cofres públicos.
Os contratos alvos dos promotores são referentes aos serviços de saúde pública, hospital e postos de saúde. Uma organização com atuação nacional, contratada pela prefeitura, terceirizava as atividades para empresas menores.
A chamada Operação Camilo ocorre nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e no Rio de Janeiro. Mais detalhes serão divulgados em coletiva de imprensa durante a manhã.
Fonte : GauchaZH