Nesta semana, Ordalina Inácio, de 76 anos, recebeu alta da Santa Casa curada do novo Coronavírus
Após mais de 30 dias internada, Ordalina Inácio, de 76 anos, chegou a ser considerada o caso mais grave do coronavírus no município. Ela esteve na UTI, porém, na última segunda-feira (27), saiu aplaudida pelos funcionários da Santa Casa pela bravura com que lutou contra o vírus.
A família acredita que Ordalina tenha se infectada em uma ida ao supermercado ou à missa, quando as atividades ainda estavam permitidas e nada estava fechado. O primeiro sintoma que ela teve foi de febre e, logo após, teve a perda do paladar. No dia 31 de março, ela foi internada na Santa Casa. “Foi um tratamento longo, uma batalha mesmo. Cada organismo reage de uma forma, os médicos iam trocando muito o tratamento conforme pesquisas ou contatos com outros hospitais maiores, para a gente ir adequando. Foi muito guerreira”, destaca Glaura Inácio, filha de Ordalina.
Uma nova vitória. Após a saída da UTI, a recuperação foi mais acelerada: “Os primeiros dias de recuperação, agora já no quarto do hospital, mostraram evoluções. Com muita fisioterapia, ela está recuperando a capacidade pulmonar e motora. Está bastante animada e muito grata por todo o carinho que tem recebido da equipe do hospital, dos amigos e familiares. Nossa cidade mostra exemplo de tratamento com altos níveis de cura, apesar de todas as dificuldades financeiras que o sistema de saúde apresenta”, continua Glaura.
emoção
Momento de emoção: assim poderia ser definido o momento em que Ordalina deixou a Santa Casa pela porta da frente. Muito emocionada contou como foi esse momento em sua vida: “Eu nunca deixei de acreditar em Deus, agora quero descansar, voltar para minha casinha e ver meus netos”.
Sua filha agradeceu as mensagens de carinho e à equipe médica que ajudou sua mãe neste momento: “Queremos agradecer a estrutura disponibilizada pelo hospital à nossa mãe e o empenho de todos, enfermeiras, técnicos de enfermagem e aos doutores Tiago e Freitas por toda a dedicação e à junta médica sempre recomendando o melhor tratamento. Foi uma cadeia gigantesca. Muita gente apoiando. Agradecemos a todos, porque a gente sabe que a situação no interior é mais crítica. Os hospitais precisam de recursos, é muito diferente da estrutura da Capital. E a gente teve sucesso muito grande no tratamento dela, mesmo com todas essas limitações. A gravidade do caso dela e a sua recuperação foi uma coisa extraordinária, foi uma luta incansável”.
João Victor Montoli
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