sáb, 18 de janeiro de 2025

Variedades Digital | 11 e 12.01.25

Restaurantes e academias têm reabertura flexibilizada

Mesmo em meio a grandes incertezas, empresários tentam retomar atividades

Após quase um mês com o funcionamento interrompido ou limitado, no último dia 22 de abril, quarta-feira, restaurantes e academias de ginástica receberam autorização do Executivo municipal para retomarem suas funções. Através de um comunicado oficial, a prefeitura de Sant’Ana do Livramento determinou algumas medidas preventivas ao novo Coronavírus (COVID-19) que deveriam ser adotadas.
Para as academias, as orientações restringem a entrada de menores de 14 e maiores de 60 anos, por serem considerados vetores e integrantes do grupo de risco, respectivamente. Além disso, deverá ser respeitada a ocupação de 30% da área de exercício físico. Os funcionários e alunos devem fazer o uso de máscara e o tempo máximo de um treino fica limitado a 40 minutos.
Corridas, exercícios de alta intensidade e aulas coletivas também foram vetadas. Ainda na entrada de cada local deve ser disponibilizado álcool em gel e também um pedilúvio, para que cada indivíduo possa higienizar seus calçados. A higiene dos aparelhos e a distância mínima entre eles também foi um item que ganhou destaque na publicação.
Mesmo sendo uma extensa lista de recomendações, para a Coordenadora Administrativa da ACM, Andréa Rodrigues, a readequação não será uma dificuldade. “Vimos como um desafio de se adaptar a uma nova forma de trabalho e passar aos associados essa nova proposta de tempo de treino, distanciamento, horários e principalmente a utilização da máscara”, comenta.
Ainda sobre o tema, Andréa diz que o processo de adaptação levará um tempo, mas a expectativa é bastante positiva. “Sabemos que a atividade física além de contribuir para a saúde física, auxilia muito na saúde psicologia e neste momento, sabemos que iremos contribuir para uma melhora na qualidade de vida daqueles que não têm restrições para realizar atividade física. Nossos esforços estão todos voltados à segurança e estamos aprendendo um pouquinho mais a cada momento”, pontuou.
Já no que diz respeito aos restaurantes, as medidas de higiene são, praticamente, as mesmas. Os estabelecimentos devem fornecer álcool em gel logo na entrada e não permitir o ingresso dos clientes que não estejam usando máscaras de proteção.
Além disso, os que contam com serviço de buffet, também precisarão adaptar uma estrutura acrílica de proteção para evitar que o cliente fique muito próximo aos alimentos. Um colaborador também deve ser designado para servir os clientes.
Para o gerente do Green Palace, restaurante do Verde Plaza Hotel, Rodrigo Voltz, o retorno foi difícil, mas a expectativa é de que os negócios voltem ao normal gradativamente. “No momento, estamos trabalhando com o sistema à lá carte, pois não há público para retornarmos com o nosso tradicional buffet e ilha de massas. Acreditamos que retomada levará algum tempo, pois as pessoas ainda estão com receio de sair de casa somado à falta de dinheiro”, pondera.
Quem também observa a situação com esperança é o proprietário da churrascaria Coisa Nossa, Celso Liska. “Na verdade, já tínhamos a proteção do buffet instalada, mas agora não estamos utilizando. A comida está sendo servida direto nas mesas, assim como o espeto corrido. O movimento vai melhorar, depende das pessoas saberem que retornamos, muitos ainda acham que estamos trabalhando apenas por delivery”, avalia.
A avaliação do gerente do restaurante Pampa Grill, do Hotel Jandaia, Tatiano Vargas, segue a mesma linha. “Estamos otimistas com relação ao retorno do setor, embora saibamos que será lento”, observa. Entretanto, Vargas aposta na relação custo benefício do negócio. “A refeição em restaurantes, para muitas pessoas, é a forma mais prática e de menor custo para uma alimentação balanceada e saudável, quando comparado com o tempo e valor gasto em produzir diariamente suas próprias refeições”, pontua.

Murilo Alves
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