sáb, 18 de janeiro de 2025

Variedades Digital | 11 e 12.01.25

No dia da Terra, a celebração é marcada por recomendações sustentáveis

Estudantes de Biologia comentam sobre os principais problemas enfrentados nos últimos anos

A primeira vez que o Dia da Terra foi celebrado foi em 1970. Vinte milhões de pessoas, indignadas com o derramamento de óleo, a poluição atmosférica e dos rios, foram às ruas protestar contra o que reconheceram ser uma crise ambiental. Foi o maior evento cívico do planeta à época e obrigou os governos a tomarem ações concretas, como o estabelecimento de leis e agências ambientais. Além desses resultados práticos, o evento demonstrou a força das pessoas quando se unem e demandam ações.
Na região da campanha, os formandos de Biologia da Urcamp Bagé, comentaram sobre os principais pontos nos últimos anos, como a mortandade de abelhas, gerando um iminente colapso de polinização, poluição e queimadas de lixo.
Os formandos Filipe Idalgo, Fernanda Berta e Maria Eduarda Rivero comentaram sobre os efeitos do ser humano no planeta Terra, especialmente na região da Fronteira Oeste do RS: “Acontece que praticamente toda ação que temos por mais “individual” que pareça reflete no nosso meio ambiente e não existe um mundo paralelo onde podemos jogar as consequências das nossas queimadas e poluição, tudo fica ao nosso redor e não estamos nos dando conta. E cada vez mais vamos sofrer com esse retorno, desastres naturais, a falta de recursos, fauna e flora sendo afetados diretamente, somos parte desse ecossistema e não estamos imunes”.
Ainda que o termo “sustentabilidade” seja hoje mais comumente citado e trazido nas rodas de conversas, ainda faz falta uma efetividade nessa palavra: “Precisamos de ações! E também nos desvencilhar de atitudes antigas. Uma muito praticada aqui na nossa região é a queima de lixo doméstico, ou ainda o descarte dos mesmos em áreas verdes. É triste andar pela cidade e ver lugares lindos com lixo jogado, sofás, roupas, eletrodomésticos entre outros. Essa prática originada da ausência de conhecimento ou até da falta de alternativa na coleta, destinação e reciclagem, tornou-se comum e uma forma rápida de se livrar desses resíduos. O que as pessoas não sabem é que essas cinzas não são apenas cinzas e o mau cheiro, a poluição e também o desperdício de materiais que poderiam ser reciclados trazem um prejuízo ainda maior. Precisamos não só de uma conscientização, mas eu diria de uma amnésia quanto aos velhos hábitos que estão enraizados na nossa cultura. Em meio a essa pandemia, é notável o quanto a poluição diminuiu. Praias, ruas e áreas de lazer como praças mais limpas, animais esquecidos tem reaparecido. É preciso nos reeducarmos e utilizarmos com mais responsabilidade tudo o que está a nossa disposição, que esse momento de isolamento nos traga mais valor e amor a nossa natureza, ao nosso meio ambiente, e que possamos sair as ruas com um olhar diferente após toda essa pandemia”, argumentam.

João Victor Montoli
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