Familiares da prefeita Mari Machado encaminharam para a redação do Jornal A Plateia uma nota de repúdio ao áudio do vereador Hulberto Navarro – Garrão.
Confira na íntegra:
“A população de Santana do Livramento tomou conhecimento de um ato desprezível e inaceitável nesta terça-feira (7/4), que não condiz com a dignidade humana e com o respeito à vida em sociedade. Mais do que isso, é um crime de ofensa contra uma cidadã deste município, professora, advogada, mãe e avó, imbuída neste momento do cargo de prefeita. A flagrante violência de gênero praticada por intermédio desse áudio é peça que serve certamente para análise criminal pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado.
Mas é importante destacar aqui que, além de acionarmos as autoridades incumbidas da repressão a crimes, precisamos demonstrar como essa violência atinge toda a sociedade, não só à prefeita nem as demais mulheres santanenses. Declarações desse tipo vindas de pessoas com voto popular e mandato público são uma apologia criminosa ao gênero e desencadeiam na coletividade ondas de violência contra o próximo, de violência doméstica, de violência nas ruas. Quando alguém utiliza o cargo público para disseminar ofensas e pregar a violência, como foi esse caso, difunde a criminalidade e a delinquencia.
Diante de alguém que, revestido do voto, ousa disseminar a brutalidade a esse ponto, é necessário que o próprio Legislativo analise se deve manter tal cidadão sentado em uma cadeira da Câmara Municipal. Conclamamos, então, que o Legislativo abra processo para avaliar se a Casa merece esse tipo de representação. Não temos dúvida que o crime praticado merece a cassação. Santana do Livramento é que não merece mais conviver com esse tipo de barbárie”.