sáb, 18 de janeiro de 2025

Variedades Digital | 11 e 12.01.25

Livramento registra 14 casos de doença mortal para cães e que pode infectar humanos

O mosquito palha é o transmissor do vírus que não possui tratamento para pessoas

O dado é preocupante. Livramento possui 14 casos de Leishmaniose, todos em caninos. Estes casos são considerados importados, onde os animais infectados vieram de cidades próximas e que têm o vetor infectado. No município ainda não foi confirmado nenhum caso com contração local. A doença pode ser contraída por humanos, sem cura, porém com tratamento, já os casos em animais têm cura com tratamento de alto custo.

Como é transmitida?

Essa doença é transmitida pelo mosquito palha, que é o maior e de mais ampla distribuição geográfica, com infestações desde os Estados Unidos até o norte da Argentina. A Leishmaniose visceral é transmitida pela picada do mosquito. Afetando os órgãos internos, geralmente baço, fígado e medula óssea. Algumas pessoas não apresentam sintomas. Em outras, os sintomas podem incluir febre, perda de peso e inchaço do baço ou fígado. Existem medicamentos para eliminar os parasitas. Se não forem tratados, os casos graves costumam ser fatais.
Não tem cura! A doença se contraída por um ser humano não possui nenhum tipo de cura, somente tratamento paliativo visando minimizar os sintomas. Porém, a doença estará presente em seu corpo.
Uma vez infectado, o cão se torna reservatório da doença e pode ser fonte de infecção para outros animais ou mesmo para os seres humanos que vivem ao seu redor. Como a doença afeta também os seres humanos, é considerada uma zoonose. Nos cães os sintomas mais comuns são: crescimento exagerado das unhas, perda de pelo, úlceras e descamação da pele, emagrecimento e atrofia muscular, hemorragias nasais, anemia e alterações nos rins, fígado e articulações.
O tratamento para os animais são de alto custo, o ministério da saúde recomenda a eutanásia nesses casos.
Paulo Vargas, Coordenador da Vigilância Epidemiológica pede ajuda da comunidade santanense: “Nós temos o poder de mudar toda essa situação, precisamos um pouco de cada um, para assim fazermos a mudança. Os agentes estão visitando as residências e peço que sejam recebidos. Somente com o trabalho dos agentes e a contribuição de todos os santanenses poderemos reduzir esse número de focos e evitar um surto de várias doenças por falta de cuidados com os mosquitos. Ajude, colabore para que essa epidemia não seja instaurada em Livramento”, ressalta.

João Victor Montoli
[email protected]