Após diversas reclamações acerca de um buraco, o jeito foi soltar a criatividade na hora de protestar
Há pelo menos uma semana, quem trafega pela avenida Almirante Saldanha da Gama, próximo ao entroncamento com a rua Visconde de São Gabriel, depara-se com uma cena um pouco atípica. No acostamento da via, próximo à calçada, está uma placa e uma cadeira de praia com um fantoche sentado.
O personagem, um sapo de pelúcia, veste um chapéu de palha e sentado aguarda respostas do poder público a respeito da situação de um buraco. Carinhosamente batizado como “Balneário da Saldanha”, trata-se de uma obra de reparos do Departamento de Água e Esgoto (DAE).
Para entender melhor a situação, a Reportagem do jornal A Plateia conversou com o comerciante Rodrigo Souza, um dos responsáveis pelo protesto. Souza disse que a ideia de inaugurar o “Balneário” surgiu após um longo período de espera por uma ação dos órgãos responsáveis. “Já fomos no DAE, já fomos na Prefeitura, fizemos tudo o que tinha que ser feito”, explica.
Ainda sobre o protesto, Souza ressalta: “Não é deboche nem nada. Só que tá isso aí na frente do meu comércio. Prejudica a mim e a muita gente também”. O comerciante ainda complementou dizendo que o buraco já está aberto há, pelo menos, seis meses e também alertou para a existência de um vazamento de água. “Eles (os órgãos competentes) estão cientes do que está acontecendo. Eles sabem qual é o motivo. Sem falar que isso aí é uma água potável que tá saindo daí, uma água boa”.
Em conversa com a Reportagem, o responsável pela Secretaria Municipal de Obras (SMO), Jair Pires, afirmou que tem conhecimento da situação e explicou o procedimento que pode ser adotado neste caso: “Se tem água ou umidade, a responsabilidade é do DAE. O DAE faz o serviço e tapa com o rejeito. Se tem asfalto, nós (SMO) fizemos a recomposição desse asfalto. Temos uma parceria no DAE neste sentido. Enquanto eles não terminarem o serviço deles, nós não podemos fazer nada’’.
Consultado, o Diretor Operacional da autarquia, João Salles também disse que não foi comunicado a respeito do buraco e ainda alertou: “Se as pessoas têm alguma reclamação, devem procurar o DAE. Não adianta entrar em contato com a rádio, com o jornal, é só avisar o DAE que vamos lá verificar”.
Murilo Alves
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