Polícia Civil reforça o trabalho preventivo
Quando esta edição do jornal A Plateia for publicada, a primeira quinzena de fevereiro já estará completa. Desta forma, Sant’Ana do Livramento já terá vivido 45 dias, seis semanas e quatro dias em 2020. Durante este tempo, a Polícia Civil registrou dois homicídios, o que leva a cidade à marca de um assassinato por mês.
Embora pareça um pouco cedo para que um clima de insegurança se instaure pela cidade, visto que ainda não se passaram dois meses deste novo ano, os números de assassinatos, sobretudo a forma como foram cometidos, preocupam.
O primeiro crime desta natureza a ser registrado neste ano em Livramento ocorreu no dia 18 de janeiro e vitimou Gabriel Azevedo. O jovem de 22 anos foi morto com dois tiros em frente da casa onde morava na Vila Emília após uma breve discussão com o principal suspeito do crime, o seu melhor amigo.
De acordo com a irmã da vítima, Ariane Azevedo, o motivo da discussão teria sido um possível envolvimento amoroso de ambos com a mesma mulher. Ela conta que o irmão se envolveu com essa mulher, até então namorada do suspeito e, em um certo momento, decidiu colocar um ponto final nessa relação.
Ainda segundo Ariane, a decisão de Gabriel foi o que levou a mulher a fazer intrigas entre os dois. A partir daí, começaram as desavenças entre os, até então, melhores amigos. Motivado pelo ciúme, o suspeito foi até a residência da vítima, o chamou até a frente, onde, em um primeiro momento, houve uma discussão, seguida de uma luta corporal que culminou nos dois disparos que tiraram a vida do jovem de 22 anos.
Poucos dias depois do crime, o suspeito se apresentou à Polícia Civil, junto à advogada responsável pela sua defesa, onde informou que estava sendo ameaçado. A delegada responsável pelo caso, Ana Tarouco, informou que o suspeito de ter cometido o assassinato optou por permanecer em silêncio durante o depoimento. Gabriel deixa um filho de cinco meses e a sua namorada grávida de sete.
Já o segundo caso do ano, foi o de Rogério Lemes, o Bufante, descrito na página anterior. A Reportagem do jornal A Plateia procurou a delegada responsável pela investigação do último homicídio, Giovana Müller, que falou sobre os esforços da Polícia Civil para reduzir o número de assassinatos na cidade.
A Delegada informou que existe um esforço por parte da Polícia para manter uma meta pré-estabelecida. “É um alerta para os criminosos. […] Na verdade, o que a gente tenta como Polícia Civil é evitar que isso aconteça. […] Manter a nossa média que é não chegar a um homicídio por mês’’.
Murilo Alves – [email protected]