Todas as dicas abaixo são extremamente úteis. Mantenha sempre perto ou em lugar visível o número de atendimento de emergência do SAMU: 192 e do Corpo de Bombeiros: 193.
No Brasil, os afogamentos são a segunda maior causa de morte e a sétima de hospitalização por motivos acidentais entre crianças com idade de zero a 14 anos. Em 2017, 954 pessoas dessa faixa etária morreram vítimas de afogamento, o que representa uma média de 2,6 óbitos por dia, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
O afogamento, normalmente, ocorre de maneira rápida e silenciosa. Pode acontecer em um breve momento em que a criança encontra-se sem supervisão. Em apenas dois minutos submersa, a criança perde a consciência, após quatro minutos, danos irreversíveis ao cérebro podem ocorrer.
Por possuírem a cabeça mais pesada que o corpo, crianças com até quatro anos de idade ainda não têm força suficiente para se levantarem sozinhas e nem mesmo capacidade de reagir rapidamente em uma situação de risco. Por isso, em caso de queda ou desequilíbrio, elas podem se afogar. Fique atento! Crianças pequenas podem se afogar em qualquer recipiente com mais de 2,5 cm de água ou outros líquidos, seja uma banheira, pia, vaso sanitário, balde, piscina, praia ou rio.
Dicas de prevenção
Nunca deixe crianças sozinhas quando estiverem dentro ou próximas da água, nem por um segundo. Nessas situações, garanta que um adulto esteja supervisionando de forma ativa e constante o tempo todo seus movimentos.
Ensine às crianças que nadar sozinhas, sem ninguém por perto, é perigoso.
O colete salva-vidas é o equipamento mais seguro para evitar afogamentos. Boias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança, pois podem estourar ou virar a qualquer momento.
Tenha um telefone próximo à área de lazer e o número do atendimento de emergência sempre visível (SAMU: 192; Corpo de Bombeiros: 193).
Muitos casos de afogamentos acontecem com pessoas que acham que sabem nadar. Não superestime a habilidade de crianças e adolescentes.
Crianças devem aprender a nadar com instrutores qualificados ou em escolas de natação especializadas. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar, devem aprender também.
Ensine as crianças a não correr, empurrar, pular em outras crianças ou simular que estão se afogando quando estiverem na piscina, lago, rio ou mar.
Piscina
Piscinas devem ser protegidas com cercas de, no mínimo, 1,5 m de altura e portões com cadeados ou trava de segurança.
Atenção! Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes.
Evite deixar brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e reservatórios de água.
Águas naturais
Tenha certeza que as crianças estão nadando em áreas seguras de rios, lagos, praias e represas.
Ensine as crianças a respeitarem as placas de proibição nas praias, os guarda-vidas e a verificarem as condições das águas abertas.
Ambiente doméstico
Depois do uso, mantenha vazios, virados para baixo e fora do alcance das crianças baldes, bacias, banheiras e piscinas infantis.
Deixe a porta do banheiro e da lavanderia fechada ou trancada por fora e mantenha a tampa do vaso sanitário baixada (se possível, lacrada com um dispositivo de segurança);
Matias Moura | [email protected]