Agentes criticam, entre vários pontos, a questão da aposentadoria. Votação das propostas do governo pela Assembleia Legislativa está prevista para a próxima semana.
Agentes da Polícia Civil das 29 regiões do estado fizeram um protesto pelas ruas de Porto Alegre na tarde desta terça-feira (10). Eles criticam o pacote de reformas do funcionalismo público encaminhado pelo governador Eduardo Leite à Assembleia Legislativa.
Com bandeiras e faixas criticando as medidas do governo, os policiais caminharam pelas ruas do Centro em direção ao Palácio Piratini. Bonecos representavam Leite e o vice-governador, o delegado Ranolfo Vieira Jr., considerado pelos manifestantes como “traidor da segurança pública”.
Candidatos aprovados no concurso público do ano passado levaram um bolo para simbolizar um ano na fila de espera aguardando a nomeação.
Para Isaac Ortiz, presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores, e Investigadores de Polícia Civil (Ugeirm), o pacote é uma maneira de o governo economizar R$ 25 bilhões às custas do servidor público.
Ele aponta diversos problemas entre as reformas propostas pelo governo, como a criação de novas alíquotas de contribuição previdenciária e adequação à Reforma da Previdência.
“A paridade, a invalidez permanente, que joga o policial para uma readaptação dentro da secretaria ou aposenta pelo que contribuiu pelo Ipergs. Dos seis policiais que morreram este ano, cinco tinham menos de 31 anos. Se fosse depois desse pacote aprovado, certamente as famílias iriam penar para sobreviver”, diz Ortiz.
Os policiais se somam aos professores e demais servidores que estão em greve, como da Saúde e da Agricultura. Eles decidiram em assembleia que, caso o pacote seja votado no dia 17 (próxima terça-feira), entram em greve na véspera, no dia 16, em todas as delegacias. Se a votação for adiada, eles admitem rever a posição.
Fonte: G1/RS
Foto: Jonas Campos