Um dos maiores grupos privados de transmissão de energia elétrica do Brasil deve apresentar o projeto no início do mês de dezembro
Está marcado para às 14 horas do dia 11 de dezembro, no Salão Nobre do Palácio Moysés Vianna, a apresentação empreendimento Sant’Ana, que construirá subestações de transmissão de energia elétrica Livramento (3) e Maçambará (3) e linhas de transmissão de 230 kV entre Sant’Ana do Livramento e Alegrete, Cerro Chato, Maçambará e Santa Maria, além do seccionamento da linha entre Maçambará e Santo Ângelo.
O projeto será realizado pela companhia Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) e compreende um investimento de R$ 610 milhões, com geração de mais de 1.500 empregos diretos de forma gradativa, segundo o Sindicato da Indústria de Energia Eólica do Rio Grande do Sul (Sindieólica).
No mês passado foi anunciado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), a emissão das Licenças Prévia e de Instalação Unificadas (LPI) para as estruturas de todo o empreendimento que operará na tensão de 230 kV. Com a obtenção antecipada dessas licenças, previstas inicialmente para agosto de 2020 (LP) e março de 2021 (LI), a companhia está autorizada a começar as obras, que já tem a previsão de início entre o fim desse ano e o início de 2020.
Sant’Ana é um empreendimento do lote 12 do leilão de transmissão nº 004/2018, realizado em dezembro de 2018, com extensão de 591 quilômetros de linhas de transmissão. O prazo estipulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a energização é março de 2023, porém a expectativa da Taesa – segundo as informações passadas pelo Sindieólica – é de entrega já no primeiro semestre de 2021.
A empresa
A Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. (Taesa) é um dos maiores grupos privados de transmissão de energia elétrica do Brasil em termos de Receita Anual Permitida (RAP). A empresa é exclusivamente dedicada à construção, operação e manutenção de ativos de transmissão, com aproximadamente 9.868 km em operação e 2.857 km de extensão em construção, totalizando 12.725 km de linhas de transmissão. Além disso, possui ativos em 70 subestações em operação com nível de tensão entre 230 e 525kV, presença em todas as regiões do país e um Centro de Operação e Controle localizado em Brasília. Atualmente a Taesa detém 36 concessões de transmissão, possuindo 100% dos ativos de quinze concessões, participação na ETAU, Brasnorte, Paraguaçu e Aimorés, ERB1 e em quinze concessões da TBE.
Sindieólica
Em entrevista exclusiva, o presidente do Sindieólica, Guilherme Sari, explicou que esse investimento faz parte de todo um pacote para o Estado do Rio Grande do Sul. Segundo ele, o investimento global é de R$ 5 bilhões para o Estado em geração de energia. “A energia produzida em Livramento, hoje, cai no Sistema Interligado Nacional, mas agora vai ser possível escoar com esse investimento”, garantiu Guilherme Sari.
“A diferença do Sistema Interligado Nacional (atual) para o que será possível após o investimento é a capacidade de ampliação. Até então estávamos esgotados com a capacidade de geração com o que se tinha. Não podíamos fazer novos projetos de geração de energia porque não tínhamos capacidade de escoar. O que tem hoje escoando é o máximo que dá para fazer. Esse incremento é para gerar muito mais possibilidade de geração de energia”, explicou o presidente do Sindieólica.
Papel do Sindicato
O Sindieólica é responsável pela representação das Empresas e Profissionais do Setor Eólico e Solar. Fundado em 2011 por empresas do setor energético, foi oficializado junto ao Ministério do Trabalho em 2016. Seu principal objetivo é defender os interesses da indústria geradora de energia eólica e solar, aproximando os grandes players às empresas sistêmicas da cadeia e ao governo. Entre suas Associadas, estão empresas nacionais e internacionais reconhecidas por sua atuação.
O evento
O evento, que acontece dia 11 de dezembro, na prefeitura, será aberto ao público e todas as dúvidas que ainda restam serão esclarecidas pelos profissionais do setor. Entre as explicações a serem feitas pelos representantes da Taesa e do Sindieólica estão como funcionarão as seleções de empregos a serem realizadas para as obras de construção das linhas de transmissão com potencial de investimentos bastante significativos.
Rodrigo Evaldt
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