Paralisação iniciou na terça-feira (24), a comarca de Livramento também aderiu
Servidores do Judiciário gaúcho iniciaram uma greve a partir dessa terça-feira (24). A paralisação foi aprovada em Assembleia Geral realizada no dia 17 de setembro em Porto Alegre, atividade que contou com mais de 500 trabalhadores de todo o estado. A categoria exige que a Administração do Tribunal de Justiça abra negociação sobre os principais pleitos dos trabalhadores, principalmente quanto à questão salarial e à extinção de cargos.
Durante a paralisação, servidores da comarca de Sant’Ana do Livramento estarão nos locais de trabalho para distribuir materiais explicando os motivos da greve e solicitando apoio da população ao movimento. Reconhecidos pelo CNJ por onze anos consecutivos como os mais eficientes do país, os trabalhadores do Judiciário gaúcho enfrentam cinco anos de congelamento salarial e falta de perspectivas de progressão na carreira. Rafaella Menezes, porta-voz da ação, esclareceu que a categoria não reivindica nenhum privilégio: “Apenas queremos justiça”. Fazemos nossa parte para prestar à sociedade um serviço de qualidade e garantimos ao tribunal pela 11ª vez o reconhecimento nacional. A contrapartida que exigimos é o respeito e dignidade”, conta.
Em nota, o Sindicato dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul (Sindjus/RS) informou que a medida poderá afetar mais de 3,5 mil servidores, que poderão ficar em um “limbo funcional após a extinção”. Segundo o coordenador-geral do Sindjus, Fabiano Zalazar, a medida fará com que haja “em um mesmo local de trabalho, realizando as mesmas atividades, servidores com direitos e possibilidades e outros sem nenhuma perspectiva”.
Os trabalhadores pleiteiam uma resposta do Poder Judiciário ao Projeto de Lei 93/2017 que, caso aprovado, deverá extinguir os cargos de Oficial Escrevente do quadro funcional do TJ, substituindo-o por um cargo de técnico judiciário. Segundo os grevistas, a administração do TJ teve até o dia 23 deste mês para abrir negociação sobre as reivindicações. Além disso, outra reivindicação da categoria é o reajuste salarial que está a cinco anos congelados.