Dois novos casos da enfermidade em equinos diagnosticados em São Lorenço do Sul, na Costa Doce e em Santo Antônio da Patrulha, no Litoral Norte, adiaram em pelo menos três anos a mudança pleiteada pelo Estado junto ao Ministério da Agricultura para o território gaúcho ser zona livre de mormo. Esse é período mínimo para se obter a condição desde o último caso.
Esses dois casos registrados foram agora, em setembro, e as proriedades estão interditadas pelo serviço veterinário oficial. Ambos foram confirmados pelo exame de Western Blotting, como é denominado o exame conclusivo, exigido pelo Ministério da Agricultura para confirmação da doença.
Nesta segunda-feira (23), através de um memorando interno, o Programa de Sanidade Equina da Secretaria Estadual da Agricultura informou a ocorrência dos casos e reforçou aos seus técnicos a continuação da obrigatoriedade da GTA e a apresentação de exames negativos para Anemia Infecciosa Equina e (AIE) e mormo para o trânsito de animais.
A última vez que a doença tinha se manifestado foi em julho de 2017, depois de 47 focos registrados desde junho de 2015, quando foi confirmado o primeiro diagnóstico.
Nota do Sindicato Médico Veterinário do Rio Grande do Sul
O Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet/RS) vê com preocupação os novos casos de Mormo registrados no Estado neste mês de setembro. Desde 2015, quando do primeiro caso registrado em solo gaúcho, o sindicato vem se esforçando no alerta para criadores, usuários e veterinários dos animais no controle e combate à zoonose, que compromete a sanidade dos equinos.
Os casos registrados nas cidades de São Lourenço do Sul e Santo Antônio da Patrulha vão atrasar o Estado na busca pelo status de livre de Mormo, já que o protocolo foi aberto neste ano e são necessários três anos sem registros da enfermidade, sendo que a última havia sido em 2017. Desde o aparecimento da zoonose no território gaúcho, o Simvet/RS vem alertando incessantemente também sobre a necessidade de reforço na fiscalização de eventos equestres e no trânsito de animais, relatado na mídia e em reuniões e audiências sobre o tema.
Neste momento, o Simvet/RS se coloca à disposição para unir esforços com demais entidades e corpo técnico do Estado e Federal para contribuir da forma que for necessária para que novamente se faça a retomada da busca pelo status sanitário livre do Mormo, com rigor total em todas as esferas e cada etapa cumprida com grande empenho de todos os envolvidos nesta cadeia tão importante para o Estado do Rio Grande do Sul.
Fonte : Conexão Rural e Simvet/RS
Postado por Matias Moura