Essa situação é encontrada em residências que fazem fundos com o Cemitério Municipal
Já imaginou você estar tranquilo em sua residência quando do nada escuta um forte barulho nos fundos de sua casa, ao chegar lá você vê corpos e caixões espalhados no seu quintal. Cena de filme de terror? Nada disso! Apenas a real situação que já aconteceu em uma residência na rua Aurélio Dargélio. Este caso é antigo e aconteceu em meados de 2015, porém o fato é que este muro que divide a residência com o Cemitério Público Municipal está bem comprometido.
Recentemente foi encontrado nos fundos de uma residência na mesma rua, restos mortais (dois crânios e um possível fêmur). Os restos mortais foram encontrados por uma mulher que estava apanhando laranjas direto do pé. Os restos mortais foram encontrados dentro de uma caixa. Segundo relatado pela mulher
, que não quis se identificar, os antigos moradores se mudaram dessa residência no dia 11 de agosto: “Eu e minha irmã fomos colher algumas laranjas e acabamos nos deparando com esses dois crânios, na hora que vimos, saímos correndo e ligamos para a Brigada Militar”, contou.
Em janeiro foi descoberto um ponto de venda de drogas dentro do cemitério, quando uma guarnição da Brigada Militar, recebeu uma ligação informando que indivíduos estariam com entorpecentes no interior do Cemitério Municipal, e que a dupla teria pulado pelo muro dos fundos. Imediatamente os policiais se deslocaram para a localidade e realizaram buscas pela região encontrando dois suspeitos. Quando os homens foram questionados sobre a origem da droga, os dois acusados abriram o jogo e indicaram o local onde estava o resto dos entorpecentes escondido dentro de túmulos violados e colocados em baixo de corpos que haviam sido recentemente enterrados. A dupla foi levada para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento. De posse dos traficantes foram encontrados mais de 4 kg de maconha, 245gr de crack e 230gr de cocaína.
Ao circular pela rua foi possível avistar de longe vários buracos, o mais impressionante foi nos fundos da residência de Glair Machado, que além de buracos onde os restos mortais ficam visíveis, a sensação de insegurança é iminente: “Nossa casinha é humilde, temos alguns cachorros, porém a gente sabe que para bandidos, cachorros não são nada. O muro que divide o meu terreno com o cemitério é bem baixo, qualquer pessoa mal intencionada pode invadir aqui. Tenho medo, somente mora meu filho, que possui dificuldade de locomoção (cadeirante) e eu. Outro ponto é o cheiro, que às vezes não podemos sequer tomar um chimarrão fora de casa pelo cheiro ruim da decomposição dos corpos, sem falar nos bichos peçonhentos, é uma infestação de baratas, aranhas, escorpiões e muitos outros que ficam nestes buracos, eu não tenho filhos pequenos, mas imagina o risco que estas crianças correm ao brincarem no pátio de casa.
A reportagem entrou em contato para buscar o contraponto por parte do Executivo Municipal, porém, por decisão do prefeito Ico Charopen (PDT), todos os secretários estão proibidos de conceder entrevista ao Grupo A Plateia.
João Victor Montoli
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