Para a sorte do Inter, o clássico com o Corinthians, no Beira-Rio, no Dia dos Pais, foi válido pelo Campeonato Brasileiro, e não por uma das copas. O empate em 0 a 0 foi um mau resultado para quem sonhava retomar uma cadeira no G-6 do Brasileirão. Diante de um time com forte marcação, o Inter não encontrou soluções para vencer a defesa paulista. Em 90 minutos, a equipe de Odair Hellmann deu apenas dois chutes a gol. Muito pouco para quem precisava ganhar. Com a semana livre de jogos, o Inter voltará a campo (possivelmente com os suplentes) no sábado (17) , diante do Fortaleza, na Arena Castelão.
Os 20 jogos sem gols pesaram para Nico López, e Odair Hellmann lançou diante do Corinthians um novo-velho titular do ataque colorado: Rafael Sobis. A alteração, porém, pouco efeito surtiu nos primeiros minutos de jogo diante de um adversário que marcava com os 11 jogadores em seu próprio campo.
Com um jogo excessivamente cadenciado, o Inter não conseguia pressionar os paulistas e, em raras bobeiras, corria risco, como ocorreu em uma bola perdida na defesa e que só não virou gol porque Rithely surgiu entre o passe e Júnior Urso para salvar. O primeiro chute do Inter a gol surgiu em uma finalização de primeira de Nonato que, ao aparar uma cobrança de escanteio, obrigou Cássio a uma boa defesa.
A mecânica de jogo do Inter sofreu com a ausência de Edenilson. Sem o camisa 8, que sofreu uma lesão muscular, e que está sendo preparado para retornar ao time diante do Flamengo, no jogo de ida da Libertadores, o meio-campo ficou sem velocidade e, pior, perdeu o fator surpresa, uma vez que Edenilson é quem costuma chegar com força na área adversária.
Aos 41 minutos, um erro grave de marcação do Inter por pouco não acabou em gol. Clayson cruzou na área e, Júnior Urso, sozinho, fez uma jogada digna de Os Trapalhões – para a sorte do Inter: em vez de concluir para o gol, ele chutou a bola nas própria pernas, dando ao Inter um anova chance e o tiro de meta. O primeiro tempo então se arrastou para o seu final sem que o Inter conseguisse construir nada além de um chutão de Nonato. Muito pouco para quem precisava vencer em casa.
O segundo tempo se apresentou com o mesmo cenário: o Corinthians marcando como sempre, o Inter sem conseguir se aproximar do gol de Cássio, e correndo riscos a qualquer erro. Aos 13 minutos, vislumbrando a falta de alternativas em campo, Odair mandou Nico López para o jogo, no lugar de Rithely – Nonato, mesmo já com um cartão amarelo, foi transformado em volante.
O ingresso de Nico, enfim, deu ao Inter a agressividade necessária para tentar vencer o clássico. Em um primeiro lance, Nico recebeu de D’Alessandro, deixou Avelar deitado, mas bateu para fora. Apesar de um melhor desempenho ofensivo, o Inter não conseguia um último drible, um lance definitivo para vencer a defesa corintiana – que mantinha, sem constrangimentos, os 11 jogadores na defesa, e tentava ganhar em um contra-ataque.
A penúltima cartada de Odiar Hellmann foi Wellington Silva. Mas, dessa vez, os dribles de Wellington não foram suficientes para que o Inter marcasse. Sarrafiore ainda entrou no lugar de Nonato, mas o Inter não conseguiu sequer chutar de fora da área. E o 0 a 0 se manteve até o final.
Fonte GaauchaZH