Novas viaturas, planejamento para construção de novos postos no interior e melhorias estão nos planos da nova gestão
Em fase de licitação, as obras de reforma e melhoria do prédio que abriga a Superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Capital, estão orçadas em R$ 26 milhões. A sessão de abertura das propostas para o projeto e execução do serviço ocorre nesta segunda-feira. Esse é apenas um dos investimentos que deverão ser feitos no Estado neste e nos próximos anos. De acordo com o superintendente da PRF, Luís Carlos Reischak Junior, cerca de R$ 6 milhões serão investidos na construção de novos postos em Pelotas, Uruguaiana e Rio Grande. Ainda em fase de projeto, há ideia de execução do mesmo serviço em São Leopoldo, Santa Maria, Caxias do Sul e Passo Fundo. Com exceção de São Leopoldo, que teve o posto erguido na década de 90, os demais são dos anos 70 e apresentam diversos problemas estruturais. Para a Copa América, que ocorre em junho e julho na Capital, 14 novas viaturas chegarão ao Estado. “São veículos da GM, modelo Cruze Turbo, que depois do evento serão distribuídos para as delegacias”, detalha.
Na área dos investimentos, Reischak fala sobre a ideia de construir um Centro de Operações Policiais (COP). O local permitiria realizar diversos tipos de treinamentos, com salas multiuso, estande de tiro, pista de atletismo, um complexo multiagência que poderia ser compartilhado com outros órgãos. “Temos um helicóptero aqui no Estado, atualmente nosso hangar é no aeroporto, a ideia é que ele fique nesse espaço. Nosso Núcleo de Operações Especiais (NOE) também teria a base lá e o Núcleo de Motociclismo também.” O superintendente revela que há um anteprojeto, que está na pendência do recurso financeiro. “Hoje não temos nada, apenas o terreno. Vamos construir junto com a direção-geral e o Ministério da Economia para verificar se conseguimos o montante para concretizar o empreendimento no ano que vem”, expressa.
Segundo ele, que assumiu a superintendência oficialmente na semana passada, investimentos são importantes e necessários, porém, o gerenciamento é essencial. “Nossa atuação é focada em inteligência, tecnologia e integração. Hoje, dependemos muito disso. Vivemos com efetivo cada vez mais aquém e resultados aparecendo cada vez mais.”
De acordo com Reischak, a missão da PRF para os próximos anos é reduzir a violência no trânsito e combater a criminalidade. “De 2017 para 2018 tivemos redução de 20% no número de mortes em rodovias federais. De 2018 para 2019, no período que estamos hoje, a queda foi de 13%. Nossa missão é promover ações que influenciem nesses montantes”, destaca. A polícia vivencia a década da segurança viária, que iniciou em 2011 e segue até 2020. A meta é reduzir 50% das mortes. A PRF já atingiu 40% da meta.
Foco na integração
Assim como Reischak, o diretor-geral da PRF, Adriano Marcos Furtado, frisa a importância de se fazer um trabalho conjunto com as outras forças de segurança. “Temos concurso em andamento, mas sabemos que os recursos são limitados na administração pública. Nós, gestores, precisamos ter habilidade para melhor o emprego dos recursos que temos”, diz, ressaltando a orientação correta do trabalho feito e o fortalecimento da inteligência. O trabalho dos agentes gaúchos é enaltecido pelo diretor. “O Estado vem trazendo grandes resultados para o país, especialmente na apreensão de drogas e enfrentamento ao contrabando.”
Ele lembra que o desafio é grande, principalmente pela economia pujante do Rio Grande do Sul e a extensão territorial. Furtado lembra que são 1,7 mil quilômetros de fronteira, onde muita droga entra ou passa pelas estradas. Só no Estado, são 5,8 mil quilômetros de rodovias federais. Quanto à busca de novos recursos, afirma que eles estão sendo discutidos com o governo, que está ciente das necessidades da Polícia. “Temos que entender que existe uma dificuldade fiscal que toda a máquina pública está passando. Então, precisamos compreender o processo e adequar ações com o que temos.”
Furtado destaca que um incremento do efetivo virá ainda neste ano. “A previsão é iniciar a turma no fim de agosto para no fim do ano termos a nomeação e emprego imediato. Para o Brasil são 500 agentes. Para o Rio Grande do Sul, 23. Precisamos ter uma atenção diferenciada para cá.” Segundo ele, o plano da administração é para os quatro anos e de entregar mais efetivo para enfrentar os desafios.
Fonte Correio do Povo