Jair Gonçalves, 45 anos, que há de 6 meses trocou Uruguaiana por Livramento, busca uma vida melhor para sua família
Dentro da pequena casa de madeira, na rua Alfredo Gonçalves, número 56, bairro Carajás, um pai de família anda de um lado para outro preocupado pela falta de serviço. A mesa posta, o armário vazio e no olhar uma incerteza que gela até a alma. Uma cena triste, mas muito comum no País das desigualdades onde uns têm tanto e outros tão pouco.
Este é o retrato de tantas famílias brasileiras que vivem o drama do desemprego. Como é o caso de Jair Gonçalves, 45 anos, que há 6 meses trocou a sua cidade natal, Uruguaiana, com o sonho de uma vida nova em Santana do Livramento. Pedreiro de profissão viu na escassez de emprego e a falta de oportunidade para os filhos a motivação para a sua mudança tão repentina.
O pedreiro, auxiliar de serviços gerais, diz que escolheu Livramento para vir morar depois que recebeu boas recomendações sobre a cidade e assim decidiu junto com a esposa, os filhos e uma nora tentar a sorte pelas terras da fronteira. Nos primeiros meses ele comenta que até conseguiu alguns trabalhos para fazer, mas depois de um tempo ficou mais difícil. Sem trabalho e condições de pagar aluguel recebeu a ordem de despejo, foi quando um conhecido acabou lhe emprestando a pequena casa de madeira, na rua Alfredo Gonçalves, onde ele está morando, atualmente, com a família.
O grande problema é que a casa não possui nem água e nem luz, e o pior de tudo é que ele e a família estão dormindo no chão. Nesta semana, a reportagem do Jornal A Plateia foi procurada pelo morador e foi até o local podendo constatar a triste realidade que a família está vivendo. “Seu” Jair diz que a única coisa que ele precisa é de um emprego para sustentar a sua família. “Preciso trabalhar para assim poder sustentar a minha família. Nós precisamos colocar um poste aqui na casa, para assim ter energia elétrica. Mas, infelizmente, não temos dinheiro para comprar ele, pois custa bastante caro” exclamou.
Com a repercussão da reportagem feita ao vivo na internet, muitos santanenses se colocaram à disposição de fazer doações de camas, colchões e outros utensílios. As condições da família de “seu” Jair são muito precárias, mas mesmo assim ele não perde a fé. “Tenho esperança em arrumar um serviço e assim poder ajudar a minha família”, disse.
Quem tiver interesse de fazer doações ou até mesmo dar uma oportunidade de trabalho para “seu Jair” pode entrar em contato com a sua irmã Janete pelo fone 3243-2202, ou diretamente com a família pelo celular (9) 9720 -2769.