Subiu para 10 o número de mortes no desabamento de dois edifícios na comunidade da Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro. Os bombeiros encontraram o corpo de uma mulher – ainda não identificada – sob os escombros, no final da noite de domingo (14).
De acordo com os bombeiros, a vítima estava em um local de difícil acesso e os militares levaram cerca de três horas para retirar o corpo dos destroços.
Agora, as equipes de resgate trabalham com a possibilidade de que 14 pessoas ainda estejam desaparecidas. Até o momento, 18 foram resgatadas do local – 10 delas com vida, mas duas morreram no hospital.
A operação de resgate segue nesta segunda-feira (15) com a participação de mais de cem militares, cães farejadores, drone, helicópteros, ambulâncias e veículos de recolhimento de corpos. O trabalho, que entrou no quarto dia, começou logo após o desabamento e segue ininterruptamente desde o início da manhã de sexta-feira (12).
No domingo, o pastor Cláudio Rodrigues, 40 anos, foi a primeira vítima do desabamento a ser enterrada. O enterro foi à tarde, no Cemitério do Pechincha, na região de Jacarepaguá, também na Zona Oeste.
Rodrigues morava com a mulher e a filha, e os três estavam no apartamento na hora do acidente. A esposa, Adilma Rodrigues, 35 anos, segue internada em estado grave no Hospital Lourenço Jorge. A filha, Clara Rodrigues, 10 anos, também ficou ferida, mas já teve alta e passa bem.
Desabamento no Rio
Os desabamentos ocorreram na manhã de sexta-feira e, segundo a prefeitura do Rio, atingiram construções não autorizadas pelos órgãos municipais. Os edifícios estavam interditados desde novembro do ano passado.
A prefeitura também informou que a zona onde se encontram os prédios e as construções vizinhas (que incluem vários edifícios) é uma área de proteção ambiental (APA) que só permite edificações unifamiliares, ou seja, casas.
“Na Muzema, as construções não obedecem aos parâmetros de edificações estabelecidos, como afastamento frontal, gabarito, ocupação, número de unidades e de vagas”, diz o texto.
A prefeitura admitiu ainda que, por se tratar de uma área dominada por uma milícia (grupo criminoso que controla territórios de forma armada no Rio), precisou de apoio da Polícia Militar para atuar na área.
Fonte: Gauchazh
Foto: EBC