A compra de pandorgas se intensifica e expande o mercado na Fronteira da Paz
Com a chegada da Páscoa, a população santanense não busca apenas por chocolates, mas, também alimentar uma antiga tradição:levantar pandorgas na Sexta-feira Santa. Sílvia Janete e,seu amigo, Michel Rodrigues se dedicam há três anos na confecção e venda de pandorgas no Parque Internacional. Além das amostras, que sãocolocadas à venda, quem preferir pode encomendar um modelo com as cores que desejar.“Normalmente eu trabalho como diarista, mas quando vem se aproximando a Páscoa, lá pelo meio do mês de março, nós começamos a focar exclusivamente nas pandorgas”, disse Sílvia.
Os modelos mais procurados de pandorgas, segundo ela, são as pipas, aviãozinho, bomba, caixa e morcegos.Para manter a tradição de empinar pandorgas, Sílvia conta que alguns turistasque estão de passagem pela cidade, levam na bagagem para sua cidade de origem, mostrando aos familiares que ainda existe esta tradição na região da campanha.“Os valores das pandorgas variam de R$10 a R$50, tem para todos os bolsos. O processo de produção de uma pandorga leva cerca de uma hora auma hora e meia, o processo é lento, pois requer uma técnica. Como a cidade tem um festival de pandorgas, nós fazemos sob encomenda para quem quiser participar” completou Sílvia.
Para ela, a tecnologia interfere muito nas vendas do festival. “Claro que a tecnologia fez a quantidade de pandorgas no céu diminuir, crianças que ainda não têm muito contato com equipamentos eletrônicos, passam por aqui e ao ver as cores chamativas acabam pedindo para seus pais comprarem. Sobre as vendas, são as pessoas mais velhas que tentam passar a experiência adquirida para seus netos”, contou. Assim, a Páscoa, além de números, movimenta gerações, pais, filhos e netos envolvidos em uma ação tão simples quanto ade empinar de uma pandorga.