Técnicos agrícolas e representantes de nove embaixadas no Brasil participaram nesta semana da 5ª edição do programa Intercâmbio AgroBrazil para conhecer propriedades rurais que são referência em modelo de produção sustentável no Rio Grande do Sul. Na segunda (1º), depois de uma reunião na Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), em Porto Alegre, a comitiva visitou o Porto de Rio Grande, onde é escoada a produção agropecuária do Estado.
No dia seguinte (2), os representantes das embaixadas da Austrália, Burkina Faso, Chile, China, Egito, França, Irã, Japão e Singapura seguiram para Bagé, para conhecer o trabalho desenvolvido na Estância Santa Maria.
A propriedade investe em pesquisa e tecnologia. Com mais de 70 anos de atuação, a empresa rural é pioneira em produção de novilho precoce da raça Hereford no Brasil. Em uma área de 12 mil hectares, a estância também produz arroz irrigado, soja, sementes forrageiras e eucaliptos.
Já nesta quarta-feira (3), o grupo seguiu para a Estância Guatambu, no município de Dom Pedrito. Desde 1958, a empresa rural familiar se dedica ao cultivo de arroz, soja, milho e pecuária de corte. Em 2003, iniciou o projeto de produção de uvas viníferas. Uma década depois a estância inaugurou a vinícola enoturística. A sustentabilidade é uma dos pilares da produção da Estância Guatambu. Em 2016 foi instalado na vinícola um parque solar com 600 painéis fotovoltaicos, que servem para suprir 100% da demanda energética do local.
AgroBrazil – O Programa de Intercâmbio AgroBrazil é um projeto da Superintendência de Relações Internacionais da CNA para aproximar delegações estrangeiras dos produtores rurais brasileiros. Desde 2017, a iniciativa já levou representantes de 20 países para conhecerem o processo produtivo de 17 culturas do agro brasileiro.
Na primeira edição do programa, os representantes conheceram a fruticultura irrigada do Vale do São Francisco, na Bahia. Já na segunda, visitaram produtores de gado e de grãos de Mato Grosso do Sul. Na terceira edição, estiveram em Minas Gerais para conhecer a produção de leite, queijo e café. A última viagem ocorreu no Pará, onde os participantes viram in loco a produção de frutas tropicais, palma e búfalos.
Sobre o porto de Rio Grande
Durante a vista o grupo pode conhecer mais profundamente o complexo portuário de Rio Grande para conhecer as potencialidades econômicas da região. Eles integram uma ação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Federação da Agricultura do Estado (Farsul).
Conduzida pelo superintendente dos Portos do Rio Grande do Sul, Fernando Estima, a apresentação do complexo contou com representantes dos terminais privados e operadores portuários que mostraram as principais potencialidades e os gargalos que podem ser resolvidos com atuações conjuntas entre os países.”Como somos um estado eminentemente exportador, não poderíamos visitar o agronegócio e deixar de ver o nosso grande terminal exportador, que é o Porto do Rio Grande”, disse o presidente da Farsul, Gedeão Silveira Pereira, durante a visita realizada na segunda-feira (1º).
Para o superintendente Estima, missões serão prioridade em vista a ampla necessidade de divulgar os potenciais do complexo portuário. “Possuímos muitas possibilidades de parcerias seja em Rio Grande”, disse A missão AgroBrazil também levou os adidos para conhecerem as áreas de plantação e pecuária.
Fotos : Jornal Minuano Bagé
Postado por Matias Moura