dom, 24 de novembro de 2024

Variedades Digital | 16 e 17.11.24

Missionários do Século 21

A reportagem do Jornal A Plateia foi até à base da JOCUM em Rivera conhecer um pouco do trabalho de preparação dos missionários que são enviados para diversas nações

Imagine você abrir mão dos seus sonhos, projetos pessoais, em detrimento de ajudar o seu próximo de uma forma totalmente voluntária, sem esperar nada em troca. Gastar seu tempo, habilidades e conhecimentos para servir outras pessoas, sobretudo as minorias, que são mais necessitadas. Viajar para vários países para auxiliar a vida das pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social e correndo risco de vida.
Pois é justamente isso que milhares de pessoas ao redor do mundo realizam em seus trabalhos missionários, muitas dessas pessoas fazem um trabalho silencioso em países considerados pobres e subdesenvolvidos que necessitam de todo o tipo de ajuda humanitária.
Uma dessas organizações que trabalha de forma anônima e com recursos próprios é a JOCUM (Jovens Com Uma Missão) uma organização cristã que visa auxiliar e servir as nações com todo o tipo de ajuda.
A JOCUM foi fundada em 1960 pelo casal de pastores americanos Loren Cunningham e Darlene Cunningham, e atualmente possui a sua sede em Wisconsin, EUA. Possuindo centenas de bases espalhadas pelos diversos países do mundo.
No Brasil, as atividades foram iniciadas em 1975, através do casal americano Jim e Pamela Stier, em Contagem, MG. Hoje, a Missão conta com 53 Escritórios e Centros de Treinamento Missionário espalhados por todas as regiões do Brasil.
Jovens Com Uma Missão têm ênfase na mobilização de cristãos para a proclamação da mensagem de Jesus Cristo. Reúne para isto pessoas diferentes, trabalhando nas mais diferentes atividades evangelísticas. Entre os missionários podem ser encontrados jovens, famílias, aposentados, universitários recém-formados e pós-graduados, pessoas vindas de mais de 100 países e denominações evangélicas diferentes, novos crentes, pastores e líderes de igrejas com muitos anos de experiência.
Atualmente são aproximadamente 18.000 missionários, destes 1.300 brasileiros, trabalhando integralmente em mais de 1.200 centros de atividades missionárias permanentes, em 180 dos 238 países do mundo. Anualmente, estima-se que mais de 25.000 pessoas participem dos programas de curto prazo e Escolas de Treinamento.

Como funciona o trabalho missionário 

Há 25 anos, o projeto JOCUM realiza trabalhos voluntários e de assistência social na fronteira da paz, tendo sua base situada em Rivera. O responsável pela baseé o pastor paranaense MarcilioZanon que saiu há 21 anos de Curitiba e veio morar no Uruguai por conta do projeto. “Nós somos um grupo de voluntários que trabalhamos tanto para as igrejas fazendo trabalho em praças, como também temos uma escolinha de futebol. Além, é claro, do treinamento missionário em diversas áreas. Todas as pessoas são voluntárias. Depois de encerrada a parte preparatória, aí sim, elas são enviadas para outros países. Lá vão desenvolver aquilo que eles aprenderam: teatro, estudo, pregações ou serviços para as comunidades”.
Qualquer pessoa pode fazer parte do projeto sendo voluntária e quem quiser marcar uma visita para conhecer mais sobre o trabalho missionário da JOCUM em Rivera basta entrar em contato pelo fone (4) 620 -2580. “Todos são bem-vindos. Têm pessoas que chegam aqui jovens de 20, 40 ou 60, apesar do nome da instituição ser jovens com uma missão pelo fato de acreditar na força e no vigor da juventude. Para se ter uma ideia têm pessoas que saíram aqui de Rivera atravessaram o oceano e chegaram ao Egito, outros na Índia, além dos países aqui da América como Chile, Bolívia. México, El Salvador entre outros. Alguns já retornaram e outros seguem trabalhando” comentou.

A jovem santanense Aline Duarte, de 19 anos, há dois anos faz parte da JUCUM-Rivera. Neste tempo ela conta que já viajou para alguns países entre eles Moçambique. Atualmente, ela é estudante do curso de relações internacionais na UNIMPA e faz parte da missão.“Esse interesse que eu tenho em missões e pelo mundo exterior,eu tenho desde os 12 anos, que foi quando comecei a observar a questão das guerras e dos conflitos e isso começou a gerar um incômodo muito grande no meu coração e uma vontade de poder ajudar e eu não sabia como. E chegou um momento que eu queria fazer algo há mais e foi quando, em 2017, eu tomei a decisão de vir para missões e servir com a minha vida para isso. E uma área que sempre me chamou a atenção, crianças e adolescentes que são muito atingidos pela violência, pelas drogas, prostituição e abusos. Nessas viagens missionárias, a gente acaba tendo a oportunidade de realizar palestras em escolas e trabalhar essas questões. Já a escolha pelo curso de Relações internacionais foi uma maneira de obter mais conhecimento para ir de encontro com essas coisas que estão atingindo a nova geração” destacou a jovem.

“Eu senti o meu chamado desde muito cedo”

Em janeiro de 2018, Aline realizou uma viajem missionária para Moçambique e ela conta que a realidade naquele país é muito triste. “Lá foi um choque transcultural muito grande que toda a nossa equipe teve. A gente pode ver que é muito pior do que a gente vê na internet ou televisão, crianças morrendo de fome é uma triste realidade. Ao mesmo tempo me senti feliz de poder estar lá ajudando aquelas pessoas. Muitas vezes, a gente acha que para fazer missões é preciso ir para a África, Egito, enfim, outros países. Isso não é verdade. As pessoas podem fazer missão onde elas estão, seja na escola, em casa, na sua cidade” encerrou.

“Lá foi um choque de realidade” 

Uma nova oportunidade de vida 

Para o ex-jogador e ex-usuário de drogas, Pablo Andres, a JOCUM foi uma nova oportunidade de vida. Hoje, aos 29 anos, ele investe seu tempo dando aulas na escolinha de futebol que faz parte do projeto e que trabalha com crianças de bairros carentes de Rivera. “Estou aqui faz 7 anos e foi uma nova oportunidade de vida que recebi. Me envolvi com drogas e bebida no passado, mas hoje tenho nova vida. Em nossos trabalhos a gente busca o foco do esporte como forma de transformação de vidas. Participei de viagens para África e Índia. Aqui na missão estou com essa escolinha há 4 anos com crianças dos Bairros Santa Izabel, Santa Tereza e Colina. E é uma forma de gente tirar eles das ruas e dar uma oportunidade que eles venham se desenvolver dentro do esporte passando paras eles bons princípios e valores”.

Aline Duarte, 19 anos, estudante de relações Internacionais na Unipampa (Foto: Matias Moura/AP)
Pablo Andres, Ex-jogador de futebol, trabalha com crianças no projeto (Foto: Matias Moura/AP)

Matias Moura – [email protected]

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