Mesmo enfrentando muitos desafios na sua vidao cabanheiro e ginete, Wagner Peres, nunca desistiu dos seus sonhos e conseguiu formar para si a Tropilha La Fronteira.
A gineteada faz parte do cotidiano dos gaúchos, desde a sua formação quando os campos ainda eram abertos e as primeiras tropilhas xucras foram domadas. A herança cavaleira dos gaúchos do pampa vem dos europeus colonizadores, sobretudo os espanhóis que desdobraram essas coxilhas verdejantes ainda inexploradas à pata de cavalo.
Essa habilidade de parar em cima de um cavalo xucro durante o período de doma, acabou sendo incorporada a nossa cultura como uma demonstração de força, agilidade e masculinidade nas festas campeiras e hoje é bastante popular nas festas da gauchada.
O que era apenas uma diversão, hoje, se tornou profissão e sustento de muitas pessoas que trabalham nos circuitos dos rodeios formando tropilhas de aporreados (cavalo que não é domado) para a apresentação das gineteadas.
Uma dessas pessoas é o jovem Wagner Peres, de 29 anos, que há três anos vem trabalhando com a tropilha La fronteira. Em seu trabalho diário, Wagner cuida os cavalos que depois são alugados para as festas campeiras na região.
Ele explica que é um trabalho bastante difícil e que precisa de muito cuidado por envolver o bem-estar desses animais que são criados livres no campo, e quando necessário, são trazidos para a cidade. Para comemorar o aniversário de três anos da Tropilha La Fronteira, Wagner estará realizando um encontro de ginetes na chácara de sua família, que fica localizada atrás do engenho fronteiriço, próximo à Chácara da Prefeitura. “Para comemorar essa data, a gente vai estar fazendo um rodeio de laço em vaca mecânica e gineteada, juntamente, com os nossos amigos. Já estão confirmadas as presenças de ginetes de algumas cidades da região e também do Uruguai.Nós vamos fazer pelos menos 40 montarias. E todas as pessoas que gostam de gineteada podem vir aqui que serão muito bem-vindos “disse ele.
Matias Moura – [email protected]