Relatório aponta que incremento de mais R$ 300 mil reais mensais pelo Município para o Hospital poderá recuperar as contas da Santa Casa, entre outras estratégias.
Muito se fala nas contas do Hospital Santa Casa de Livramento. Este mês, mais uma manifestação dos trabalhadores chamou a atenção da comunidade para o problema que insiste em se repetir: o atraso no pagamento dos salários dos trabalhadores. Sobre este tema, o Diretor Rodolfo Fullmer, que assumiu no final de setembro de 2018, falou com a reportagem e concedeu entrevista para a rádio RCC FM durante o programa Boa Tarde Cidade.
Desde que assumiu a gestão compartilhada com Wainer Machado, Fulmmer tem concentrado esforços em fazer análises dos números e contas do hospital. Atualmente, o Município faz um repasse de R$ 387 mil reais, o Estado é responsável por enviar R$ 399 mil e a União pouco mais de R$ 500 mil reais. Mesmo com estes valores, a Santa Casa opera no vermelho, isto porque o Estado do Rio Grande do Sul não está fazendo o repasse da verba para a saúde, valores atrasados desde dezembro do ano passado e também por muitos serviços estarem com valores defasados. A análise feita pelo administrador Fulmmeré a de que se a prefeitura aportar mais R$ 300 mil/mês, além do que já érepassado, as contas da Santa Casa poderão chegar a um possível equilíbrio ainda no prazo de seis meses.
O administrador apresentou este relatório para o prefeito como sugestão possível de resolver as pendências financeiras da Santa Casa. Os números, que fazem parte do relatório, são frutos também da contabilidade e contadoria do hospital, como destacou Fulmmer.
Sobre o relatório levado ao conhecimento do Executivo, Fulmmer disse que a pretensão é recuperar o custo, ou seja, igualar a receita com o preço de venda do serviço feito pelo hospital, calculando e se pagando pelo custo real que a Santa Casa tem atualmente.
“O Pronto Socorro é deficitário, a Maternidade é deficitária” afirmou o administrador e o passo agora é retomar este equilíbrio. A Santa Casa é uma entidade privada sem fins lucrativos, todavia, para funcionar bem, ela precisa trabalhar superavitária, segundo avaliação do administrador. Quando não há esse equilíbrio ou margem “lucrativa”, todos perdem. E é, justamente, esse superávit que dá condições para um hospital filantrópico investir em equipamentos, tecnologia e mais serviços hospitalares, o que falta à Santa Casa.
O Relatório preparado e apresentado ao Executivo pelo administrador Rodolfo traz estes e outros apontados com base em toda uma análise contábil, uma sugestão de ação e medidas viáveis que poderão recuperar as contas do hospital e finalmente ser colocar a Santa Casa nos trilhos.