Mais uma vez os funcionários da Santa Casa de Misericórdia saíram às ruas para questionar o governo do estado sobre o atraso dos salários. Assim como tem sido nos últimos anos onde entra governo e sai governo e a situação parece não mudar nunca. De um lado os trabalhadores da saúde que mesmo sem receber continuam exercendo as suas funções de maneira profissional e digna, de outro a classe política que fica no jogo do empurra-empurra se queixando da falta de recursos.
A manifestação realizada na manhã desta terça-feira(19) foi para tentar pressionar o município que é o órgão mais próximo dos trabalhadores, a buscar uma alternativa para colocar o salário dos funcionários e dos médicos em dia. O grupo interrompeu o trânsito na Rua Manduca Rodrigues em frente ao hospital para reivindicar os seus direitos segurando cartazes com as frases – “Até quando?” Cadê o nosso dinheiro estado” “Quem paga as nossas contas” “Por favor Solução” “Queremos 50% de janeiro, 100% de fevereiro e o vales alimentação”, eles cobraram uma solução.
O presidente do SINDISAÚDE, Sílvio Madruga, acompanhou os manifestantes durante o ato e declarou que a reivindicação dos trabalhadores é justa. Ele pediu também ao executivo para decidir sobre o caso, pois, o hospital ainda continua sob decreto de intervenção, embora seu prazo esteja quase chegando ao fim. “Temos conversas diárias com a administração, e tem várias coisas que ficam só na conversa e não se avança. O contrato que a Santa Casa tem com a secretaria de saúde foi prorrogado somente até agora, março, vai terminar logo ai e fica a pergunta: Como é que vai ficar? É claro que a questão administrativa que passa por nós do conselho gestor já fez várias ações para tentar contornar o problema junto com a secretária de saúde. Mas é preciso renovar este contrato” questionou Madruga.
Fotos e texto: Matias Moura