qui, 28 de novembro de 2024

Variedades Digital | 23 e 24.11.24

Intenção de consumo das famílias gaúchas apresenta melhora e índice aponta redução do pessimismo com a economia

Foto tirada em dezembro de 2019, antes da pandemia.

Dados apurados pela Fecomércio-RS mostram que ainda há dificuldade das famílias no acesso ao crédito.

A Fecomércio-RS divulgou nesta quarta-feira, 19 de dezembro, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) gaúchas para o mês. Segundo a pesquisa, o índice alcançou 83,4 pontos, uma alta de 17,7% em relação ao mesmo período do ano passado, com variação de 1,3% frente ao mês anterior (82,3 pontos). Os dados mostram uma redução do pessimismo em relação à economia, e perspectivas positivas com o futuro do país. “Nos últimos meses aumentaram as oportunidades de empregos, as pessoas estão mais confiantes. Acreditamos no avanço e na recuperação da atividade econômica”, destaca o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn. O ICF pode ser acessado aqui.

Mais de 9 mil empregos líquidos foram gerados no Estado em outubro, aponta o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Os dados refletiram diretamente no índice que avalia a situação do emprego, que chegou a 105,4 pontos, 14,7% a mais do que em 2017. Em relação a renda dos gaúchos, os valores também são melhores do que em 2017 – a avaliação chegou a 101,5 pontos, 37,0% a mais do que no ano passado, permanecendo em patamar otimista pelo terceiro mês consecutivo. Na margem, o indicador teve leve recuo, ao variar -0,6%.

A melhora no mercado de trabalho e a inflação sob controle contribuem também com os resultados relativos ao consumo. O indicador referente ao nível de consumo ficou em 104,6% – com uma alta de 121,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Na média de doze meses, o indicador registrou pontuação de 76,2 pontos.

Mesmo com o aumento das concessões de crédito para pessoas físicas, as famílias permanecem com dificuldades em obter o benefício junto aos bancos. Em dezembro, a facilidade de acesso ao crédito apontada pelo ICF apresentou queda de 16,5% se comparada ao ano passado, e chegou a 62,4 pontos. Ao medir o momento para consumo de bens duráveis, o pessimismo permanece. O indicador registrou 52,6 pontos, com baixa de 26,6% frente ao mesmo período de 2017 e variação de -0,6% em comparação com novembro.

As expectativas das famílias gaúchas se encontram na zona de instabilidade e cautela, principalmente com relação ao futuro. O indicador que mede, por exemplo, a perspectiva profissional, caiu 23,3% em relação a dezembro do ano passado, registrando 66,2 pontos. Para a perspectiva de consumo, os dados são mais otimistas, e apontam que o cenário econômico está mais favorável do que em 2017 e que para 2019 há esperança de melhora no consumo por parte das famílias.

Foto arquivo – Marcelo Pinto

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