Operação do MP investiga funcionários fantasmas e fraude em diárias na Assembleia Legislativa
Esta quarta-feira (19) foi dia tenso na Assembleia Legislativa no Gabinete do deputado Edu Oliveira (PDT). A operação investiga a existência de funcionários fantasmas e fraude em diárias na Assembleia Legislativa gaúcha. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos no gabinete do deputado. Há indícios também de fraude na prestação de contas do parlamentar referente à verba de gabinete.
Conforme as investigações, também há suspeita de emprego de assessores “fantasmas” que não cumprem expediente no legislativo. os mandados começaram a ser cumpridos às 10h.
O deputado que tentou reeleição, mas ficou fora da próxima legislatura não estava e a única assessora presente disse que ele estaria em sua casa, em Eldorado do Sul.
o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), por designação do procurador-geral de Justiça, cumpriu nove mandados de busca e apreensão: no gabinete do deputado Edu Oliveira na Assembleia Legislativa, em sete residências e um sítio nas cidades de Porto Alegre, Eldorado do Sul, Santana do Livramento, São Leopoldo e Arroio dos Ratos.
Conforme as investigações do MP, coordenadas pelo promotor de Justiça Flávio Duarte, o deputado é suspeito de manter funcionários fantasmas e solicitar diárias de viagem fraudulentas. Também é investigada a prática de concussão, pela solicitação de partes dos salários dos funcionários do gabinete. Os valores das diárias e partes dos salários teriam sido revertidos para a campanha do deputado, que acabou não se reelegendo.
São investigados os crimes de peculato, concussão, falsidades documentais, lavagem de dinheiro e os correlatos atos de improbidade administrativa.
Nesta manhã, o procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen, reuniu-se com o presidente da Assembleia Legislativa, Marlon Santos, para comunicar o cumprimento dos mandados. As investigações seguem em andamento.
O Deputado não foi encontrado pela reportagem para manifestação sobre o caso.
FONTES CITADAS: GaúchaZH e MP Estadual