Através de um projeto de extensão em Livramento pesquisadores buscam dados para diversificar a produção de pequenos produtores
A cerca de 3 anos surgiu em Santana do Livramento, por meio da Associação Santanense de Ovinocultores com o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura, UERGS e UNIPAMPA um projeto que visa tornar viável e rentável a produção de leite ovino. No início do projeto foram adquiridas 20 ovelhas da Raça Texel que é conhecida como uma excelente raça produtora de carne, com o objetivo de demostrar que através do manejo correto os produtores mesmo possuindo um pequeno rebanho podem investir na produção leiteira. Três anos depois os primeiros frutos, ou melhor os primeiros litros, já começaram a ser coletados.
Nesta sexta-feira (7) a reportagem do Jornal A Plateia esteve no campo de cooperação da prefeitura para acompanhar uma ordenha. Através de uma parceria com o produtor Luiz Carlos da Rosa que forneceu uma “ordenhadeira” foram coletados cerca de 14 litros de leite.
Para o produtor que foi o primeiro a criar um tambo ovino no município o projeto tem tudo para incentivar outros produtores a diversificar a sua produção. “Nós começamos com ovelhas de leite em 2008 e na época era só para a produção de fêmeas e a partir de 2014 nós começamos a produção de leite com ovinos da raça Lacaune e este projeto é muito importante para a nossa região onde o pequeno produtor pode aumentar a sua renda familiar” comenta o produtor.
Cada ovelha fornece a quantia de aproximadamente um litro de leite por dia que é comercializado a R$5,00 o litro. Para se ter uma ideia, em Livramento já existe uma empresa produzindo queijos a base de leite ovino. O produto porém é comercializado em São Paulo e Rio de Janeiro além de alguns exemplares que já foram enviados para a França.
Um dos responsáveis diretamente pelo projeto e supervisor dos alunos extensionistas da UNIPAMPA e UERGS é o professor do curso de Agronomia da UERGS Leonardo Menezes que se diz satisfeito com o resultado da pesquisa até agora. Nós já estamos no segundo ano de avaliação da produção leiteira e o nosso principal objetivo é investigar se existe possibilidade incluir mais um produto para a atividade de ovinocultura. E os resultado até agora são promissores. Com o tamanho do nosso rebanho nós temos a obrigação de nós temos obrigação de se tornar um polo de produção de leite ovino no estado.
Essas ovelhas estão com uma lactação excelente girando em torno de 1 litro de leite cada então daqui para a frente quem sabe a gente realize um cruzamento com uma das raças leiteiras para aumentar o seu potencial” disse.
Já o presidente da Associação Santanense de Ovinocultores e vice presidente da Associação Rural o zootecnista Jair Menezes, vê o projeto com bons olhos e cria expectativas para um futuro promissor. “ Nós temos aqui esse grande desafio que é o tambo ovino, até porque o nosso municipio já é previlegiado porque nós temos um laticinio que tem capacidade hoje para receber 2 mil litros de ovelhas que estão sendo industrializados aqui. E esse leite vem de fora , de Chapecó em Santa Catarina. Então o que nós queremos é mostrar para os pequenos produtores que eles podem também entrar neste mercado por meio de sua produção” encerrou.
Matias Moura – [email protected]