As inscrições para o novo edital do Programa Mais Médicos terminam na próxima sexta-feira, dia 7. 14 de dezembro é o último dia para os profissionais se apresentarem para trabalhar, depois disso, o Ministério da Saúde deve divulgar uma lista com as vagas não preenchidas e desistências.
De acordo com balanço divulgado pelo Ministério, na noite desta segunda-feira, 124 vagas que eram ocupadas por médicos cubanos seguem sem nenhum inscrito interessado. O edital foi aberto após o governo de Cuba encerrar sua participação no programa, diante da intenção do presidente eleito, Jair Bolsonaro, mudar as regras do contrato.
Todas as vagas em aberto ficam na região Norte, nos Estados do Amazonas, Amapá e Pará e a maior parte delas em Distritos Sanitários Indígenas. Mauro Junqueira, presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, comenta que as prefeituras aguardam o lançamento de um segundo edital, incluindo vagas que já estavam desocupadas antes do fim do convênio com Cuba.
O novo edital tem gerado como efeito o desligamento de médicos do Saúde da Família e até de ambulatórios e Upas, que pretendem atuar pelo Mais Médicos por questões salariais, por exemplo. Segundo levantamento feito pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, considerando os primeiros quase 7300 inscritos alocados, mais de 2800 já atuavam no Saúde da Família, ou seja, esses postos de trabalho ficarão em aberto quando os médicos migrarem para o Mais Médicos.
Novamente, a região Norte tem o pior cenário. Em Roraima, por exemplo, 36 inscritos para as 43 vagas ofertadas já atuam pelo SUS no próprio Estado.
Fonte: Agência Brasil