Conheça o trovador santanense que recentemente conquistou a premiação de segundo melhor do estado no ENART 2018
Foi seguindo os passos do pai, que ainda crianças Luciano Quines, 33 anos, começou a brincar com suas primeiras rimas lá em sua infância. Acostumado a frequentar os ambientes galponeiros desde guri foi apreendendo com os mais velhos sobre os valores da nossa história e tradição e fazendo as suas primeiras improvisações. Hoje aos 33 anos, se considera um profissional na arte do improviso nos concursos de trova Rio Grande agora onde coleciona diversas premiações pelos lugares por onde passou.
Seu título, mais recente foi o 2º lugar na modalidade de” trova mi maior de gavetão” durante o Encontro de Artes e Tradições Gaúchas (ENART) em Santa Cruz do Sul que ocorreu neste mês de Novembro onde disputou a competição pelo CTG Presilha do Pago da Vigia sendo o único santanense concorrente este ano a trazer uma premiação para Santana do Livramento.
Luciano diz que suas maiores inspirações vieram de casa mesmo, mas que admira travadores como Gildo de Freitas, Macedinho, Nerlei Maciel entre outros. “Comecei mesmo em casa com meu pai. Depois fui convidado pelo Nerlei para fazer algumas apresentações e assim fui apreendendo. Depois de algum tempo vieram as participações nos festivais onde hoje graças a Deus tenho premiado em praticamente todos eles “comenta o travador que no início do ano foi vice campeão do Rodeio de Vacaria, considerado o maior evento do gênero na América Latina.
Hoje no Rio Grande do Sul existem três modalidade de trova, Mi Maior de Gavetão, Trova Martelo e Estilo Gildo de Freitas.” São essas três, porém a que é mais comum é a do Gildo que é acompanhada por um ritmo que se assemelha a milonga. Lá no ENART tem ainda Pajada nos mesmos moldes que o Jayme Caetano Braun fazia” explica o artista.
Luciano comenta que a trova vem acompanhando a evolução dos tempos pois antigamente os versos falavam somente do gaúcho e do universo do homem rural, mas que hoje em dia nos concursos os temas que são sorteados apresentam um desafio ao trovador pois falam de política, tecnologia entre outros. “É um desafio maior ainda. A gente precisa ter conhecimento de todas essas áreas por que pode cair um tema desses no sorteio, porque eles são sorteados na hora antes da gente subir para o palco” diz.
Sobre planos para o futuro na carreira, Luciano comenta que é chegar mais longe e quem sabe poder vencer esses importantes festivais e assim trazer para Livramento o título de melhor trovador do estado.
Matias Moura – [email protected]