Um grupo de 15 criadores de Brangus do Brasil participou na última semana da gira internacional da raça, realizada na região argentina de Córdoba. Durante este período, visitaram estabelecimentos reconhecidos no país vizinho, cujo propósito comum é produzir um bovino adaptado à nova fronteira da pecuária de corte. O grupo também participou de intercâmbio latinoamericano de genética Brangus, em jornada promovida pela Associação Latino-Americana de Brangus (Al Brangus), com a presença de representantes de diversos países como México, Costa Rica, África do Sul, Colômbia, Bolívia, Equador, Paraguai e Uruguai.
O presidente da Associação Brasileira de Brangus (ABB), João Paulo Schneider, observa que esta nova fronteira da pecuária de corte na Argentina tem avançado em direção ao norte, ocupando regiões mais desafiadoras de ambiente do que as tradicionais províncias produtoras, como Buenos Aires, Pampa, Santa Fé, entre outras, cujas terras estão dando espaço à agricultura. “O intercâmbio entre diversos países participantes da América Latina também foi um dos pontos fortes, proporcionando vínculos que vão gerar muitos negócios e troca de genética, onde o Brasil tem enorme oportunidade de contribuir com um Brangus com base zebuína Nelore, visto o grande volume de seleção desta raça focada na fertilidade e rusticidade”, destaca.
Argentina e Brasil também serão sedes das próximas duas edições do Congresso Mundial da raça Brangus, sendo que em 2020 o evento ocorre em território argentino e em 2022 será a vez dos brasileiros receberem o Congresso.
Representando o Núcleo Santanense de Criadores de Angus e Brangus no encontro estiveram os pecuaristas Gil Fernandes, Lourenço Acauan , Guilherme Rolim Acauan e Antônio Carlos Osório. Para o presidente do núcleo Lourenço Acauan a visita no encontro trouxe grandes oportunidades de trabalho assim como a troca de experiência com os produtores argentinos e as cabanhas visitantes que são referências da genética utilizada no estado e em nossa região. “ Foi uma visita bastante corrida, mas muito proveitosa porque estas cabanhas são muito importantes dentro das raças. Para ser ter uma idéia elas são criadoras de muitos touros importantes que nós usamos aqui no Brasil. Uma experiência muita boa porque a gente pode conhecer animais criados em ambientes diferentes em curtas distancias e a gente conseguiu ver realidades bem diferentes entre as cabanhas e algumas coisas muito próximas da nossa. Por exemplo eles tem a questão da aridez lá é muito forte durante um ano eles tem apenas 200mm de chuva e mesmo assim eles estão suplementando e produzindo um gado de extrema qualidade com sistema bem diferentes em função do clima.” disse o pecuarista.
Matias Moura – [email protected]