Informação foi divulgada pelo Hospital junto com um balaço da Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes
O diretor administrativo da Santa Casa de Misericórdia de Sant’Ana do Livramento confirmou os dados passados pela Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Rio Grande do Sul, que a instituição santanense faz parte da rede de 269 hospitais que são responsáveis por 70% do Sistema Único de Saúde (Sus) no Estado e que assistem a maior parcela dos beneficiários do IPE Saúde, tem recursos atrasados a receber, que já prejudicam o atendimento de saúde dos gaúchos.
Segundo esses dados, só Governo do Estado deve R$ 155 milhões, relativos a Programas dos meses de agosto e setembro (R$ 140 milhões) e parte da Produção de Média e Alta Complexidade do mês de setembro que não foi repassada na integralidade aos hospitais (R$15 milhões).
Além disso, o IPE-Saúde também não vem cumprindo o calendário de pagamento aos hospitais e hoje opera com 26 dias de atraso, totalizando uma dívida com os hospitais filantrópicos de aproximadamente R$ 75 milhões.
“Estas dívidas, especialmente no final do ano, época de pagamento de 13º, impõem o caos para a rede de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado. Muitas instituições já cancelaram atendimentos, deixaram de pagar fornecedores, empréstimos, salários, entre outros. Mais uma vez a saúde não é prioridade e as Santas Casas enfrentam sérias dificuldades, prejudicando a assistência aos gaúchos e os colaboradores destes hospitais”, diz em uma nota divulgada pela Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos que espera uma rápida e eficaz ação do Governo do Estado e do IPE-Saúde.
Em Sant’Ana do Livramento, segundo Rodolfo Follmer, o Governo do Rio Grande do Sul está em aberto com a Santa Casa em três competências: agosto, setembro e agora outubro. “Cada mês é um pouco mais de R$ 399 mil, totalizando quase R$ 1,2 milhão. Com a crise financeira, o Estado tem pago sempre com 2 meses de atraso, mas agora se encaminha para o terceiro mês e sem previsão de pagamento integral, apenas a sinalização da possibilidade do Estado fazer o pagamento parcelado”, disse ele.
Além disso, Follmer destaca que somam-se a esses valores os repasses para o serviço de Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o qual a Santa Casa já pagou e aguarda ressarcimento. “O valor do convênio é de R$30 mil mensais, dos quais R$ 10.232,00 são de competência do Estado. Deste convênio a Santa Casa tem a receber, de competência estadual, o total de R$46.044,04”, finalizou o diretor.