Médico escreve desde os 12 anos poesias sobre temas sociais, históricos, lúdicos e românticos
O dia do médico é celebrado anualmente em 18 de outubro, dedicado a quem cuida da saúde das pessoas, outro profissional homenageado no mesmo mês, dia 20, são os poetas, que são reconhecidos como uma artista escritor, que usa de sua criatividade, imaginação e sensibilidade para escrever, em versos, as poesias que faz.
Nesta edição, o Jornal A Plateia conta sobre um profissional santanense que concilia essas duas funções. Marcelo D’Avila, clínico geral, sempre foi um leitor muito voraz, que gosta de literatura e de poesia, ainda mais sobre a história, cultura gaúcha e pampeana Sul-rio-grandense, Uruguai e Argentina.
“Eu tive uma influência muito grande para começar a escrever, aprendi com meu avô materno que era um homem de campo, morava em Passo Fundo, passávamos os finais de ano com ele e eu trouxe a questão da teoria dos livros junto com a prática da vida de campo”, conta.
Os primeiros versos começaram com 12 anos, típicos de adolescente, quando resolveu seguir na área começou a estudar sobre literatura, composição poética, metrificação, ritmo e rima. O primeiro festival que participou como letrista foi em 1988, com 18 anos, o “Jacuí da Canção”, em Charqueadas, acompanhado de um grande amigo de infância que era melodista.
No mesmo ano, já com 19 anos, ganhou o primeiro troféu na “Quarta tropiada da canção”, em Livramento, em uma parceria com Miguel Villalba, que tinha como letrista uma milonga chamada Fronteiriça.
Em 1989, teve a primeira participação na “Tertúlia Nativista de Santa Maria”, um festival de uma representatividade maior. Quando a faculdade de medicina ficou mais intensa, acabou se envolvendo nos estudos. Logo após, iniciou a vida profissional, casamento, filhos, e acabou ficando quase 20 anos sem participar de festivais como letrista, mas nunca parou de escrever, e ainda tem o projeto de publicar o primeiro Romance também.
Uma verdadeira ligação de literatura e medicina, presente na cultura não só gaúcha, mas brasileira e universal. “Essa é uma forma que nós médicos temos de sair um pouco daquela rotina diária do estresse, da doença e talvez seja uma forma de fuga que a gente encontre na arte”, diz.
Marcelo gosta de escrever sobre temas sociais, históricos, lúdicos e românticos. Uma universalidade de temas e formatos, não se restringindo apenas à poesia campeira.
Lauren Trindade – [email protected]