Segundo o IBGE, esse índice impacta no repasse do Fundo de Participação dos Municípios
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), este ano, na revisão de projeção do Brasil e das Unidades da Federação, que é um dos insumos para calcular as populações municipais, a revisão de 2018 da projeção alterou os parâmetros da fecundidade, que foram estimados com base nos registros de nascimentos observados, o que trouxe informações mais próximas da realidade.
A revisão foi feita para cada Unidade da Federação separadamente, assim a projeção de 2018 afetou a população do Rio Grande do Sul da seguinte forma: os dois fatores, ajuste e revisão de fecundidade, reduziram a população do estado do Rio Grande do Sul para o ano de 2018, em relação à projeção 2013, afetando também as populações municipais, como a de Santana do Livramento.
Estima-se que a partir do último censo realizado em 2010 pelo IBGE, a população santanense reduziu em 4.549 habitantes, com isso o repasse da União, do Fundo de Participação dos Municípios também terá um decréscimo.
O IBGE trabalha com estatística, ele prepara o censo de 2000, a contagem de 2007 e o censo de 2010. Baseado nisso, o IBGE segue projetando a população. A contagem de 2015 constataria se a realidade era verdadeira, se o município continuava decrescendo ou não. Mas essa contagem não aconteceu.
“Na época, houve um acerto para os municípios receberem 1% a mais para não realizarem a contagem. Então a gente não sabe como está a população, nós temos uma ideia e acreditamos que Livramento cresceu, mas não tem os dados estatísticos e nada que comprove. O índice de decrescimento de 2000 para 2010 é negativo e segue se projetando ano a ano e chegou na população de 77 mil habitantes, então a população já mudou de faixa. O município acaba perdendo dinheiro quando muda de faixa, isso é o caso de Livramento”, destaca Elinton Vasconcellos, chefe do IBGE.
O município de Santana do Livramento manteve a tendência de decréscimo da população, observada nos anos anteriores. Essa tendência voltará a ficar explícita nas estimativas de 2019, quando calculada em relação às estimativas de 2018. As revisões das projeções das unidades da Federação podem causar descontinuidades nas séries de estimativas municipais.
Por: Lauren Trindade – [email protected]
