Para chegar até o título, uma trajetória de trabalho e estudo
Em julho deste ano, Dom Pedrito recebeu a 49ª Ciranda Cultural de Prendas e o 31º Entrevero de Peões. Grande parte das atividades foi concentrada junto ao parque de exposições Juventino Correa de Moura, mas o resultado só foi anunciado no sábado 30 de julho, durante baile no CTG Rodeio da Fronteira.
A 18ª Região Tradicionalista escolheu, assim, os peões e prendas para o próximo ano. Santana do Livramento ficou representada pelo 1º Piazinho: Luan Balde Soares, 1ª Prendinha: Ana Maria Machado Ilha, 1º Piá Farroupilha: Arthur Rubin e 3ª Prenda: Larissa Soares Ferreira, todos do CTG Rincão da Carolina. Raiza Carvalho Azevedo Bicca do CTG Presilha do Pago também leva o nome da cidade como 2ª Prenda Juvenil.
Para chegar até o título foram muitos trabalhos e estudos desenvolvidos. Os projetos vão desde a tropa de osso, mitos do Rio Grande do Sul e apresentação de brinquedos folclóricos. Larissa Soares, 19 anos, conta que levou à comunidade escolar tudo que aprendeu dentro do CTG.
“Realizamos muitos projetos com a comunidade do Armour que é a nossa região, além de apresentar os costumes de antigamente. Para chegar onde estou hoje foram muitos anos de trabalho, eu conheci o CTG através da dança, pois muitos jovens conhecem porque chama atenção. Depois eu vi que tinha muito mais do que isso, tem outros departamentos dentro do CTG além do artístico e comecei a me encantar e estudar para me preparar como prenda. Minha primeira faixa foi Dente de Leite. Faz mais de 15 anos que estou nessa trajetória”, comenta a prenda.
Os peões também tiveram uma longa caminhada para conseguir o título, Artur Rubim, montou a tropa de osso após perguntar para o avô como era os brinquedos de antigamente. Luan apresentou os mitos folclóricos, conhecidos pelos contos gauchescos.
Ana Maria, 10 anos, diz que fez um trabalho com as crianças do segundo ano da Escola Professor Dias. “Fui até lá e ensinei como se faz e como se brinca. Também fiz uma pesquisa bibliográfica por livros. Batalhei muito para chegar até aqui, fiz esses brinquedos folclóricos e cada um tem seu significado, por exemplo, histórias de faz de conta, exercício para o corpo, treinamento de equilíbrio e outros tipos de coisas”, destaca a prendinha.
Para finalizar, Ana diz: “Ser prenda é fazer parte do tradicionalismo porque hoje em dia muita gente quer ser. O meu sonho de ser prenda da Região foi realizado porque desde o quatro anos comecei com a faixa de Dente de Leite e é muito bom alimentar o tradicionalismo e poder crescer cada vez mais”, fala sobre o amor à tradição.
Por: Lauren Trindade – [email protected]