O lutador santanense Juliano Nunes Lesama, 32 anos, a nove treinando Jiu Jitsu, tem um privilegio que poucos atletas brasileiros, especialmente aqueles longe dos grandes centros, tem ou terão. Ele iniciou na quinta-feira sua viagem para Las Vegas, Estados Unidos, onde participa entre os dias 22 à 26 de agosto do Campeonato Mundial de Jiu Jitsu. O Santanense já está em território americano desde sexta-feira e inicialmente foi recepcionado em San Diego, onde fará a preparação final para o Mundial com um período de treinamento de alguns dias na academia do campeão mundial, o brasileiro André Galvão. A Escola Attos é considerada hoje uma das mais conceituadas no mundo no esporte. Juliano também vai visitar outras escolas, como a dos multi campeões mundiais Rafael e Guilherme Mendes, especializada no Jiu Jitsu. O projeto do mundial iniciou em 2016, quando o santanense passou a destacar-se no cenário gaúcho do esporte e após um planejamento o evento acabou virando realidade em 2018. O atleta não esconde o orgulho de ser o primeiro lutador local da modalidade a participar de uma competição entre os melhores do mundo e espera deixa para os jovens que estão no esporte que tudo é possível quando você acredita na sua capacidade. Juliano começou a praticar o esporte aos 23 anos por estar fora de forma e tinha apenas como pretensão melhorar fisicamente e cuidar da saúde. Nove anos depois ele se vê entre os melhores do mundo na modalidade, colocando Livramento no cenário mundial do Jiu jitsu. Antes da viagem ele atendeu o jornal A platéia e falou sobre esta experiência inédita de competir no Mundial.
A Platéia:Mais orgulho ou responsabilidade de ser o primeiro atleta local num mundial?
Juliano: É um orgulho imenso pode participar deste evento tão valorizado pelos participantes do Jiu Jitsu e acima de tudo levar o nome da minha cidade e também mostrar para os atletas locais que é possível você atingir objetivos como este se você acreditar Querer é poder. Encaro o desafio com extrema responsabilidade nesta experiência de buscar elevar ainda mais meu nível num mundial para adquirir e transmitir este conhecimento a meus alunos na academia.
A Platéia: Como se deu este projeto do Mundial ?
Juliano: Se deu quando comecei a participar com frequência do Campeonato Gaúcho em 2016. Por várias vezes sagrei-me campeão e sendo eleito o melhor faixa azul do Estado. Mas não fui por que a passagem era concedida apenas para o melhor do ranking geral e eu acabei em segundo lugar. Isso foi o bastante para seu acreditar mais em mim e ver que este sonho era possível. Neste ano me planejei para esta participação e agora estou aqui nos Estados Unidos concretizando o sonho.
A Platéia: E para o esporte local, qual a importância desta participação?
Juliano: Imensurável, tanto para o esporte como para os atletas locais. É saber que mesmo distante dos grandes centros, se acreditarmos em nós e lutarmos por nossos objetivos, tudo se torna possível. Espero com esta participação ser motivo de motivação para muitos atletas que tenham o mesmo sonho.
A Platéia: Como será sua logística nos Estados Unidos e o que espera encontrar em Las Vegas?
Juliano: Certamente encontrarei um evento muito bem organização em todos os níveis para recepcionar os melhores atletas do Mundo. Inicialmente viajo para San Diego, onde treinarei cinco dias na academia do nosso líder, o campeão mundial André Galvão, que é o atual campeão do mundo. A Escola Attos é uma das melhores do mundo. Também visito da escola dos brasileiros Rafael e Gulherme Mendes, ambos multi campeões no esporte.
A Platéia: Sua maior pretensão com esta participação no evento?
Juliano: É absorver o máximo de novos conhecimentos para que possa levar para meus alunos e todos aqueles que desejarem praticar o jiu jitsu. Conhecimento ainda é o maior os benefícios para quemdeseja aperfeiçoar as técnicas e seguir evoluindo no esporte.
A Platéia: Quem o ajudou a chegar ao mundial ?
Juliano: Meus apoiadores são minha família, minha namorada, professores e meus alunos. Agradeço a eles e a meus patrocinadores, Hotel Livramento, Livramento Turismo, Daigô Sushi e a Ouro e Prata, que estão comigo não apenas neste mundial, mas sim no incentivo ao jiu jitsu em Livramento. Por isso vou dar o máximo neste mundial e buscar este título inédito para minha cidade e minha academia, a Spartan Guetho Bjj.
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