O presidente da ACIL Jairo Zamberlan recebeu na última semana um texto reflexivo de autoria da Ex-Governadora do Rotary e Presidente da APAE Cecília Amaral, que faz pensar no momento atual em diversos aspectos, ligando ao período eleitoral que se aproxima. De acordo com Cecília o momento é de compreender o poder que o povo tem nas mãos através do voto. Considerando a importância do tema e a perspicácia na análise da questão a ACIL compartilha essa reflexão com a comunidade, com base em seu papel de ente propulsor da consciência coletiva em torno do desenvolvimento. Abaixo texto na íntegra.
Somos um povo buscando seu caminho…
Escrito por Cecilia Amaral
Ex-Governadora Rotary – Distrito 4780
Presidente APAE-Livramento
Vivemos um momento de incertezas, desunião e frustração.
Este é um momento perigoso para nós brasileiros, que desejamos construir um país novo. Vendedores de ilusões disseminam promessas que, de antemão, não serão cumpridas, por serem irreais. Zigmunt Bauman, escritor e filósofo polonês, criou em suas obras, o termo “modernidade líquida”. Segundo ele, estamos vivendo a era da transitoriedade. Nada tem consistência. Tudo é líquido. As famílias são transitórias, os relacionamentos são transitórios. A sociedade é líquida, sem raízes. Estamos nos tornando uma sociedade desenraizada, sem história, sem passado.
Inserido nesse contexto, o país vive um momento de extrema insegurança, provocando ansiedade e, muitas vezes, desalento.
Nesse momento de transitoriedade, teremos uma eleição para o cargo máximo de nossa nação, quando estaremos sendo apresentados a candidatos virtuais, construídos, moldados, inventados pela cabeça de um marqueteiro, em contraposição a candidatos reais.
Os candidatos já estão sendo apresentados. As cartas já estão na mesa. Agora, é a nossa vez de jogar um jogo bem jogado, com responsabilidade. O futuro do país está nas nossas mãos. Depende do nosso voto a construção de uma sociedade aberta, mais real, enraizada em princípios éticos de respeito ao outro, ao cidadão, àqueles que trabalham com seriedade.
Os eleitos, só chegam ao poder com o nosso voto. Nós somos responsáveis pelas pessoas que elegemos. Se nos decepcionam, é porque erramos a mão, perdemos o jogo, erramos o voto. A culpa também é nossa.
Como cidadãos comprometidos com o desenvolvimento do país, é hora de deixar de lado a construção de uma história pessoal para construirmos uma nação para todos.
Precisamos estar atentos não só ao futuro que queremos mas, também e principalmente, ao passado, à história real daqueles que pretendem assumir o comando do país, o comando de nossas vidas.
Não podemos errar. Só temos uma carta, o nosso voto. Uma carta valiosa que precisa ser muito bem jogada, dela depende o país que queremos construir, dependem nossas vidas e as das nossas famílias.
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