Os reflexos são sentidos nos corredores do Palácio Moysés Vianna, na Câmara de Vereadores e, principalmente na população, segundo aponta enquete com mais de 5 mil votos
Depois de 1 ano, 5 meses e meio à frente do Governo Municipal, o prefeito Ico Charopen (PDT) vem perdendo o controle da situação que está instalada no Município como um todo. Na Câmara, os vereadores, que publicamente tinham pessoas indicadas para cargos da Administração, já estão mudando suas posições. Muitos dizem, em outras palavras, que não têm como defender o indefensável e aos poucos o mandatário municipal perde o apoio do Legislativo.
Ainda em março, o prefeito Ico emitiu uma nota através da sua Assessoria de Comunicação Social destacando que a nomeação de vários secretários adjuntos através de indicações de parlamentares, fazia parte de “um novo modelo de gestão” que, segundo ele, se fazia necessário. “Ninguém governa sem o apoio do Parlamento”, afirmou ele naquela época.
A medida foi feita exatamente nos dias que houve um racha no Governo que, conforme a promessa de campanha, seria em conjunto entre o prefeito e a vice. No modelo inicial, todos os secretários adjuntos eram indicações técnicas. Os próprios servidores públicos elegiam quem ficaria auxiliando o secretário titular. Essa medida era tida, inclusive, como positiva, já que a indicação de um servidor de carreira para um cargo de confiança fazia parte de uma das metas da Administração que começara em 2017, não perder a memória ao longo dos anos.
Assim como as promessas de um Governo técnico, o prefeito Ico prometeu muitas outras coisas para a sua Administração, entre elas, o diálogo. Ainda no início do segundo semestre, o prefeito Ico proibiu os secretários municipais de concederem entrevista ao Grupo A Plateia, fazendo com que os ouvintes e leitores ficassem sem respostas para os problemas que aconteciam na Fronteira da Paz.
Em abril, o mandatário disse que o deputado santanense Edu Olivera, que acabara de se filiar ao PDT não era bem-vindo. “Avisei a Pompeo de Mattos que ele não conta com a nossa confiança. Não aceitamos imposição de cima para baixo. Isso pode até prejudicar a campanha de Jairo Jorge”, disse Ico à GaúchaZH, tendo repercussão negativa no noticiário estadual.
O tempo dedicado às brigas que foram surgindo ao longo dessas mudanças, provocaram uma perda de foco da Administração Municipal e isso, de forma geral, reflete diretamente na população que para de perceber políticas públicas na Saúde, Infraestrutura e Educação. A comunidade passou a desacreditar do governo e cobrar da Câmara, como forma de pressão à coisa pública como um todo. Exatamente essa análise é possível fazer na pesquisa feita entre segunda (11) e sexta-feira (15) no site do Grupo A Plateia (aplateita.com.br), que você pode acompanhar na próxima página.
PROMESSAS
-Diálogo
-Governo técnico
-Administração
com a vice-prefeita
-Ouvir a população
– Transparência
APÓS 1 ANO
-Perda do diálogo
-Governo por
indicações políticas
– Vice-prefeita retirada
da Administração
-População cobrando rumos e atitudes
– Secretários proibidos
de responder aos
questionamentos
Por: [email protected]