Através do Sindicato, empresários das quatro empresas de ônibus de Livramento, comunicam a prefeitura que não dá mais para manter o funcionamento sem reajuste da tarifa
O STU (Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Sant’Ana do Livramento) comunicou por ofício a Prefeitura Municipal, que a atual política tarifária coloca em risco iminente o sistema de transporte por ônibus da cidade. Os dirigentes decidiram informar o poder público, pois a situação econômico-financeira das empresas “está no limite, beirando o caos” e tem o caráter de alerta.
O último reajuste da tarifa foi dado via ação judicial em 1º de janeiro de 2016, quando passou para R$ 2,40 e desde essa data as empresas só tem sido cobradas e penalizadas com autuações e processos administrativos baseados nas mais variadas alegações sobre a qualidade dos serviços e dos carros. “Não existe mágica. Todos os custos aumentaram, houve uma queda de 30% na demanda, o estado das vias pressiona o custo de manutenção e o preço do óleo diesel, todos sabem, parou o Brasil”, afirma João Pedro Oliveira Clavijo, presidente do STU.
O não realinhamento tarifário repercute de forma extremamente negativa no desempenho dos serviços. “A falta de reajuste age de forma silenciosa, mas o principal resultado é negativo para o usuário que é o sucateamento da frota”, complementa João Pedro. Não há perspectiva de melhora dos serviços sem o reajuste da tarifa e sem que as concessionárias e o poder concedente sentem e planejem a melhora dos serviços.
A solicitação de reajuste foi enviada em novembro de 2017 e foi acompanhado do cálculo tarifário que utiliza a nova planilha de custos da ANTP – Associação Nacional de Transporte Público – que é hoje a referência técnica segundo a Lei de Mobilidade Urbana.
Foi solicitada a definição de uma tarifa emergencial e a abertura de um canal de comunicação para negociar o valor definitivo da tarifa. A tarifa apresentada ano passado já se encontra com os valores defasados, pois houve uma grande evolução nas variáveis que compõem os custos desde lá.
Nesta sexta-feira (1°), quando questionado, o presidente do STU disse que não havia previsão de paralisações para essa semana.
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