Responsável pelo abastecimento de 90% dos itens de necessidade básica dos gaúchos, o setor supermercadista não ficará desabastecido de alimentos nas próximas semanas. A afirmação é do presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, que busca tranquilizar os consumidores com relação aos estoques das lojas do segmento. “Se a paralisação dos caminhoneiros perdurar, faltarão produtos pontuais, mas o desabastecimento completo não ocorrerá. Os consumidores seguirão encontrando produtos alimentícios, bebidas e itens de higiene e limpeza nos supermercados, a menos que a greve se estenda por muitas semanas. O Estado possui 4,4 mil supermercados e, se o cliente não encontrar algo em uma loja, poderá encontrar este mesmo item em outro ponto de venda”, afirma.
O presidente da Associação destaca a gravidade da paralisação, mas garante que a preocupação do setor supermercadista não é com o desabastecimento das gôndolas. “Há situações muito mais preocupantes, como a impossibilidade do deslocamento das pessoas e os problemas relacionados à saúde pública, com a falta de medicamentos e de tubos de oxigênio nos hospitais. Comida não vai faltar”, garante Longo. Segundo o supermercadista, o consumidor está acostumado a migrar de produtos para economizar, e saberá compor sua cesta de compras com os produtos disponíveis nos supermercados. “Se faltar pão, o cliente migra para um biscoito. Se faltar requeijão, migra para a margarina, e assim por diante. Não há motivo para pânico”, exemplifica.
O presidente da Agas informa, ainda, que os supermercados aguardam para as próximas horas um desfecho positivo para a greve. “Entendemos que os caminhoneiros mostraram a força do povo brasileiro ao Governo. A paralisação se fez necessária, mas é hora das partes chegarem a um acordo definitivo para o problema, que é de todos”, conclui Longo.