O mandatário participou do programa Conversa de Fim de Tarde e respondeu aos questionamentos da bancada
O Governador José Ivo Sartori chegou no início da noite de quinta-feira (17) à Fronteira da Paz para palestrar no 11º encontro de Associações Comerciais e Industriais do Rio Grande do Sul. Essa é a primeira vez que José Ivo Sartori veio oficialmente a Livramento, desde que tomou posse. Ele esteve aqui pela última vez em 2014 quando era o então pré-candidato ao Governo do Estado pelo MDB.
Antes de participar do evento no Clube Comercial, o mandatário participou do programa Conversa de Fim de Tarde, da Rádio RCC FM. Durante o encontro respondeu várias questões do seu Governo, abordando Saúde, Segurança Pública e o Desenvolvimento Regional. Disse que estava devendo a visita a Sant’Ana do Livramento e justificou que não esteve antes, pois não houve condições. “Quando temos condições dizemos sim, mas quando não temos condições dizemos que não”, disse Sartori destacando que acha ser um evento propício para o debate importante e positivo.
Em seguida, o Governador falou sobre as questões financeiras do Estado. “O Estado do Rio Grande do Sul sabe o papel que tem. Eu sempre defendi e continuo defendendo em todos os lugares que eu posso que o Poder Público não pode ter apenas a visão de resolver o equilíbrio fiscal, financeiro, superar o déficit que ele possui, mas tem que ter visão estratégica do seu papel. Em uma época de recessão, qualquer movimento, atividade ou evento ele ajuda a manter o desenvolvimento. Foi por isso que o Estado do Rio Grande do Sul procurou fazer a sua parte”.
Sobre o compartilhamento do aeroporto Internacional de Rivera, Sartori destacou o avanço da Fronteira da Paz. “Nunca ninguém discutiu com profundidade a questão dos aeroportos binacionais e nós começamos com a nossa simplicidade em 2015 a propor um programa de aviação regional. Eu acredito que o que mais está adiantado é o de Rivera/Livramento. Queira Deus que a gente consiga chegar neste intento”, apontou.
Questionado sobre a nomeação dos concursados, o Governador falou sobre os compromissos assumidos. “Nós assumimos o Governo com a responsabilidade de pagar todos os policiais civis, todos da Brigada Militar e todos da Susepe. A média de reajuste salarial deve estar chegando a 17%. É o único setor que nós cumprimos aquilo que foi determinado em 2014. Nós já chamamos todos os concursados que tinham para serem chamados. O que nós fizemos foi possibilitar um concurso, são 6.100 candidatos. Agora, não adianta chamar todo mundo se você não vai conseguir pagar. Eu sempre disse que quando fosse possível algum concurso iríamos colocar como prioridade a segurança. Hoje já se enxerga soldados na rua e especialmente onde a criminalidade é maior. Com calma, paciência a gente vai fazendo”, explicou.
Perguntado sobre eleições 2018 e sua pretensão disse que ainda não era o momento para falar sobre isso. “Eu tenho a cautela suficiente de achar que ainda não é o momento para isso. Se eu disser que não, alguém vai dizer que não deveria ser assim. Se eu disse que sim, vai começar um atrapalho muito grande. Então o que eu posso dizer o seguinte: se eu não posso dizer que sim, então eu não preciso dizer que não. Espero que haja uma mudança de pensamento e que o País, pois temos também eleições ao Presidente da República e, pelo que estou vendo, teremos mais de 20 candidatos. A responsabilidade que cada um tem sobre a mudança na política, começa em nós mesmos”, lembrou.
Sartori aproveitou para lembrar sobre a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual, Previdência complementar. “Eu acredito que aqueles que tem confiança e credibilidade devem pensar muito e saber se o que nós fizemos até aqui está correto e tem credibilidade, eu também preciso saber quem vai dar continuidade a isso no futuro, nós não fizemos toda a reestruturação que tínhamos para fazer. Eu sempre digo: quem quer mudar tudo, nunca muda nada”, finalizou ele.
